Marcos de Vasconcellos

Jornalista, assessor de investimentos e fundador do Monitor do Mercado

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Marcos de Vasconcellos
Descrição de chapéu indústria tecnologia

Uma nova indústria trilionária está em formação

Demanda por chips torna atrativos papéis de empresas do setor nos EUA

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As gigantes de tecnologia americanas seguem batendo ponto no noticiário nacional. Não tem como fugir da influência do maior mercado do mundo nos seus investimentos, caso você ainda não tenha entendido isso.

A compra do Twitter, por Elon Musk; o despencar dos papéis da Netflix; e, agora, a previsão de uma queda de até US$ 8 bilhões nas receitas da Apple neste trimestre são temas obrigatórios para reavaliar seus investimentos.

A gigante dos iPhones, iPads, MacBooks e família antevê a queda em razão de dificuldades na cadeia de suprimentos. E qual é o item que falta nas fábricas da Apple, montadoras de veículos e empresas de celulares? Sim, ele de novo: o chip.

Chip óptico da Ayar Labs chamado TeraPHY - Ayar Labs/Handout via Reuters

Semicondutores, os microchips que você tem nas mãos agora, ou no bolso, caso esteja lendo o jornal impresso, passaram por uma má fase nos últimos dois anos, quando grandes fábricas do item na Ásia pararam a produção por causa de lockdowns e terríveis incêndios.

Agora, sua produção está mais perto dos parâmetros normais, mas a demanda explodiu. A McKinsey, gigante mundial de consultoria empresarial, publicou recentemente um documento intitulado "The semiconductor decade: A trillion-dollar industry", em tradução livre: "A década dos semicondutores: Uma indústria trilionária".

O estudo contabiliza que, em 2021, essa indústria viu suas vendas crescerem mais de 20%, atingindo cerca de US$ 600 bilhões (R$ 2,95 trilhões). Com base em uma série de pressupostos macroeconômicos, os analistas apontam que o crescimento anual agregado da indústria pode atingir a média de 6% a 8% ao ano, até 2030, quando atingirá a marca de US$ 1 trilhão (R$ 4,91 trilhões).

A ideia de ter conectividade em tudo alastra o uso dos chips. Hoje, é relativamente simples desligar as luzes da casa e fechar as cortinas do quarto apenas dizendo "boa noite" para um assistente virtual. Os vasos sanitários que abrem e fecham suas tampas sozinhos, esquentam o assento e dão a descarga através de sensores há bem pouco tempo eram coisa de feiras de tecnologia. Hoje, estão à venda em shopping centers.

Do total desse crescimento, 70% devem vir do aumento da demanda em três indústrias: automotiva; de computação e armazenamento de dados; e de wireless. Por meio de BDRs (papéis negociados no Brasil que replicam o movimento das ações em Bolsas estrangeiras), é relativamente simples encontrar na nossa Bolsa gigantes da área, como TSMC (TSMC34); Nvidia (NVDC34); ASML (ASML34); e Intel (ITLC34).

Para quem pensa em assumir posições aproveitando o crescimento a longo prazo, é um setor promissor.

Além disso, a recente debandada de investidores do setor da tecnologia nos EUA deu uma boa baixa nos preços dos papéis de tecnologia. E ouvi de gestores de grandes fundos brasileiros que seus canhões já começam a ser apontados novamente para lá, deixando as apostas no mercado brasileiro para 2023.

O meu email é marcos@monitordomercado.com.br

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