Ao longo de 2019, tratamos dos mais diversos temas vinculados às relações de consumo. Hoje, contudo, é um dia especial, para crentes e descrentes, pois nos aproxima de familiares e amigos. O Natal ilumina nossas esperanças, devido às oportunidades de congraçamento, que abrem espaço para pensar em um mundo menos hostil, no qual partilhemos melhores sentimentos e práticas.
O próprio ato de consumir pode ser ecumênico, sem tanto desperdício e danos ambientais. A mesa farta e a troca de presentes, lamentavelmente, passam longe de muitos lares. Alguns, mal podem ser chamados assim, pela carência generalizada. Mas todas as pessoas têm, em comum, o desejo de ser felizes. E pertencem à espécie humana, ou seja, são irmãos, admitam ou não.
Por isso, não deveríamos enxergar somente o pior lado da humanidade. Somos capazes, em alguns momentos, de superar o egoísmo e de fazer coisas muito boas, como foi o caso da sempre lembrada Zilda Arns, cujas ações contribuíram para reduzir a mortalidade infantil no país.
As próprias relações de consumo, que geram tantos ruídos pelo desrespeito aos direitos d o consumidor, também são fundamentais para a produção e o emprego. Suprem nossas casas de itens que nos proporcionam alimentação, conforto, segurança, proteção e mais qualidade de vida.
Essas relações só ficam problemáticas quando o consumo se transforma em consumismo; as compras em dívidas; os serviços em desserviços; a produção em ameaça ambiental. Poderíamos aproveitar o dia de hoje para pensar em partilha, pois o que sobra em nossas casas alegraria milhares de pessoas.
As lições do aniversariante, do motivador do Natal, podem ser resumidas a amar incondicionalmente. Que, sei, não é um tema de consumo. Mas hoje, com licença, podemos refletir um pouco mais e nos expressar com mais sentimento. Feliz Natal!
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