Escritor mineiro Wander Piroli ganha perfil biográfico e novas edições

O escritor mineiro Wander Piroli (1931-2016), cujo resgate chegou a ser encenado pela Cosac Naify antes de seu fim, ganhará mais uma chance de ter sua obra conhecida: a editora Sesi-SP comprou os direitos de sua obra adulta e infantil e começa lançá-la este ano.

A casa começa com três livros infantis que a Cosac chegou a lançar: “O Matador”, “Os Dois Irmãos” e “Nem Filho Educa Pai”.

Além disso, o escritor ganhará no fim de maio um perfil biográfico, assinado por Fabrício Marques e lançado pela Conceito Editorial, na coleção “Perfis de BH”. O autor teve acesso ao baú de Piroli e entrevistou 50 pessoas.

Wander Piroli foi uma espécie de João Antônio mineiro —porque também retratava tipos marginais da sociedade, como bêbados, malandros, prostitutas. Não à toa, o próprio João Antônio foi um divulgador de seus livros.

Elogiado quando surgiu, Piroli deixou uma obra que mistura lirismo e brutalidade. O perfil biográfico também vai resgatar a trajetória do autor no jornalismo, que inclui uma passagem como editor de polícia no jornal Estado de Minas.

Política A Ubu também lança  “Desobedecer”, de Frédéric Gros, professor do Institut d’Études Politiques de Paris. Na tradição  clássicos sobre o tema, como o “Discurso da servidão voluntária”, de La Boétie, o autor faz um ensaio sobre a desobediência política.

Política 2 Gros, que defende o que chama de “democracia crítica”, vem ao Brasil em junho para participar do ciclo de conferências A Outra Margem da Política, organizado por Adauto Novaes. O ciclo como um todo vai de 2/5 a 14/6.

Rússia Para o mês que vem, está previsto “Almas Mortas”, de Nikolai Gógol, pela 34, em tradução de Rubens Figueiredo. A edição traz prefácio de Donald Fanger.

Rússia 2 O próximo lançamento da coleção Clássicos de Ouro, da Nova Fronteira, será um volume de contos de Tchekov, com seleção e tradução de Tatiana Belinky.

Pós-verdade A Intrínseca comprou os direitos de “The Death of True” (a morte do verdadeiro), da temida crítica literária do jornal The New York Times, Michiko Kakutani, que se aposentou no ano passado (para a alegria de alguns escritores).

Pós-verdade 2 No livro, Kakutani, ganhadora do Pulitzer de crítica em 1998, traça um retrato mundial das fake news e da pós-verdade. As referências vão de Susan Sontag a Lauren Groff. A obra sai em outubro.