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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Furnas abre licitação para investir R$ 650 milhões em usina eólica atrasada

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Crédito: Wesley Santos/Folhapress OSÓRIO (RS), 07.07.2016 - Vista do Parque Eólico de Osório, o maior fornecedor de energia eólica da América Latina. Foto: Wesley Santos/Folhapress
Parque Eólico de Osório, no Rio Grande do Sul

A companhia de energia Furnas, que pertence à Eletrobras, vai investir cerca de R$ 650 milhões em um parque eólico em Fortim (CE).

O aviso da licitação para os aerogeradores foi tornado público nesta quinta-feira (11). Esse, no entanto, não é o único equipamento no total do aporte, pois também há subestações e itens de conexão de energia.

Não é a primeira vez que a empresa abre procedimento para comprar turbinas.

Esse parque faz parte de um conjunto de quatro usinas geradoras para as quais já haviam sido fechados contratos com uma fornecedora chamada Impsa, que não entregou os equipamentos e entrou em recuperação judicial.

Inicialmente, previu-se que as usinas eólicas seriam inauguradas em 2015. Além do problema com o fornecedor, foi preciso negociar também a ligação de Fortim com o sistema, diz Álvaro Miranda, assistente da diretoria de Furnas.

"O atraso aconteceu por razões alheias à nossa vontade: foi preciso rever como seria a conexão do parque."

Agora, resolvidas essas questões, há uma nova estimativa para o início da operação de Fortim: "Prevemos que essa unidade deverá começar a gerar no fim de 2019, inclusive porque é a data acertada com a Aneel."

Toda a energia (serão 140 MW de potência instalada) foi vendida em leilão.

Depois de acertar a compra dos aerogeradores de Fortim, Furnas começará a planejar a aquisição de equipamentos dos outros três parques. "Faremos isso conforme a nossa capacidade financeira."

Crédito: Editoria de Arte/Folhapress TRIO ELÉTRICOParque hidrelétrico, térmico e eólico de Furnas

Exportação de armas brasileiras em 2017 foi a maior da história

O ano de 2017 foi o melhor da história para a exportação de armas do Brasil.

As vendas de armamento, munição e projéteis alcançaram US$ 475,96 milhões (R$ 1,55 bilhão), uma alta de 38,6%, de acordo com dados do Mdic (Ministério da Indústria).

Essa categoria responde por menos de 10% do mercado de defesa no país, mas evidencia uma evolução acelerada, segundo Frederico Aguiar, presidente da Abimde (que representa a indústria).

"Não se compra, neste setor, apenas porque o produto é melhor ou mais barato, mas por opção estratégica. A venda depende do jogo geopolítico, e o Brasil tem um diferencial de aparecer de maneira neutra nesse cenário."

A demanda externa tem aumentado com os crescentes riscos de terrorismo e com os atritos regionais, diz ele.

A Avibras, de equipamentos de defesa, teve receita líquida de R$ 1,4 bilhão em 2016 e estima um aumento próximo a 25% em 2017, em grande parte devido aos negócios no exterior, diz o vice-presidente, Leandro Vilar.

Em 2018, a previsão é de estabilização. "É uma desaceleração sazonal. Os programas de exportação têm um período longo de maturação e levam de 3 a 5 anos."

Maromba digital

A BodyTech vai inaugurar ao menos quatro academias da rede em 2018 e pretende expandir seu aplicativo de ginástica em países de língua inglesa. Os aportes nas ações serão de R$ 35 milhões.

"Reduzimos os investimentos nos últimos anos por conta dos juros altos e pela crise. Agora, vamos retomar. A expectativa é que 2018 seja melhor que 2017", diz o diretor-presidente, Luiz Urquiza.

A estimativa da companhia é que seu faturamento em 2017 tenha sido 2% maior que o do ano anterior.

As novas unidades serão em Brasília, Vitória, Porto Alegre e Belo Horizonte.

Dos 57 locais da marca, apenas um é franqueado. A companhia concentra as franquias nas academias Fórmula, de tamanho menor.

Já o app, que tem hoje 120 mil usuários, tem versão em inglês desde dezembro. A companhia vai investir R$ 10 milhões, principalmente em atualizações do programa.

R$ 470 MILHÕES
é a receita estimada de 2017

103
é o número de unidades

Fármacos com saúde

O faturamento da indústria de farmacêuticos subiu 11,7% no ano passado e chegou a quase R$ 57 bilhões, segundo dados do Sindusfarma (sindicato do setor).

A alta é maior que a do número de remédios consumidos, que cresceu 5,7%.

"A indústria tem tido um desempenho descolado do resto da economia", afirma Nelson Mussolini, presidente-executivo da entidade.

O número foi positivo, mas nos últimos três meses houve uma desaceleração, especialmente porque a quantidade de fármacos passou a crescer a taxas menores, diz.

Se a reforma da previdência for aprovada e o dólar não subir excessivamente, esse ano deve ter um desempenho parecido, ele estima. Isso não significa, no entanto, que haverá investimentos em capacidade produtiva.

"A maioria das empresas hoje trabalha com dois turnos e pode adicionar um terceiro antes de fazer aportes."

com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS

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