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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Filial da Amway no Brasil é a que cresce mais rápido

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São Paulo
Produtos de maquiagem em cima de uma bancada
Cosméticos estão entre os produtos vendidos pela Amway no Brasil - Danilo Verpa/Folhapress

A Amway, de vendas diretas de cosméticos e produtos para a saúde, vai investir US$ 150 milhões (cerca de R$ 487 milhões no câmbio atual) no país até 2019, segundo o diretor global de operações, Michael Cazer.

“O Brasil não é um dos nossos grandes mercados, mas é o que vemos maior potencial e é o que tem crescido mais rápido nos últimos três anos”, afirma o executivo.

As vendas da companhia totalizaram US$ 8,6 bilhões em 2017 (R$ 26,9 bilhões).

A empresa não divulga dados individuais de suas filiais, mas a estimativa é que o Brasil corresponda a cerca de 1% desse valor.

Aproximadamente metade do aporte previsto já foi executado, segundo Cazer.

Entre os principais alvos de investimento agora estão o aumento da fabricação nacional de produtos no Brasil, ainda incipiente, e a área de distribuição da companhia.

“No próximo mês lançaremos nossa sétima loja, mas também vamos nos associar a um terceiro para aumentar a nossa penetração, com a criação de centros de retirada”, diz Rossana Sadir, presidente da Amway no Brasil.

Outro negócio que deverá receber recursos da matriz é a produção própria de acerola no Ceará. O ingrediente é usado em itens exportados para todos os mercados do grupo.

“Estamos desenvolvendo uma segunda variedade da fruta, que será patenteada.”

RAIO-X
Amway

US$ 8,6 bilhões
(R$ 27,9 bilhões) foi o faturamento global do grupo de venda direta em 2017

R$ 300 milhões
foi a receita estimada no Brasil no ano passado

200 mil
são os distribuidores de produtos do grupo no país

600
são os funcionários da filial brasileira

 

Sorriso internacional

A fabricante de implantes dentários Neodent vai ampliar sua fábrica em Curitiba e iniciar a construção de mais uma planta na cidade neste ano. Serão cerca de R$ 140 milhões de investimento.

O plano de expansão começou em 2017, com o aumento de seu centro logístico e a compra de maquinário para a linha de produção. Foram aplicados R$ 60 milhões nos projetos.

“Nossa capacidade produtiva hoje é de 1,8 milhão de peças ao ano. No fim de 2018, será de ao menos 2,3 milhões”, afirma o diretor-executivo, Matthias Schupp.

Os aportes vêm para atender a alta na demanda. “As vendas crescem há dois anos na casa dos dois dígitos, tanto pelo mercado interno quanto para exportação”, diz o executivo.

A nova planta terá 10.000 m² e deverá empregar inicialmente 100 pessoas. A marca projeta crescer 10% neste ano, com destaque para vendas ao exterior.

Cerca de 35% dos 1,3 milhão de peças comercializadas em 2017 foram para fora. A empresa vende atualmente a 15 países.

A companhia é, desde 2015, da suíça Straumann, que desembolsou R$ 680 milhões por 51% das ações.

1.300 
é o número de funcionários

 

Novas energias

Mais de 500 pequenas e microindústrias de Santa Catarina poderão financiar a compra e instalação de painéis de energia solar. 

Cerca de R$ 150 milhões serão disponibilizados por um convênio firmado pela Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina) com uma cooperativa de crédito e um banco de desenvolvimento. 

Os equipamentos serão fornecidos pelas empresas Engie e Weg, parceiras do projeto, a preços abaixo do mercado. Os financiamentos terão prazo máximo de oito anos e a opção de um período de carência de 12 meses.

“Os termos foram calculados para que as prestações ficassem abaixo do valor pago hoje na conta de energia elétrica”, diz Carlos Henrique Ramos Fonseca, da Fiesc.

Além da sustentabilidade, o objetivo é tornar as indústrias do Estado mais competitivas, afirma Fonseca. 

 

Doce crescimento

A Fini, de doces e guloseimas, vai investir R$ 80 milhões na ampliação de seu parque industrial em Jundiaí, no interior de São Paulo.

O objetivo é comportar o ritmo de crescimento da empresa no mercado interno e aumentar as exportações. Os recursos são próprios.

 Cerca de 300 novos postos de trabalho têm abertura prevista para até o fim de 2018, um aumento de 25% do quadro atual de funcionários.

A empresa planeja introduzir novos produtos que possuem aditivos ligado à saúde, como os já existentes com vitamina C, cálcio e omêga 3, diz Donizeti Ferreira, diretor financeiro. 

“Esses itens fazem parte de um projeto que começou em meados de 2016.”

“Já no ano seguinte, conseguimos conquistar um espaço no mercado e atingir um número representativo de pontos de vendas, principalmente em farmácias”, afirma Ferreira.

 

Mais ovos em 2018

As vendas dos supermercados paulistas no período da Páscoa devem ser 4% maiores do que no ano passado, segundo estimativa da Apas (associação do setor).

Os produtos que deverão ter o maior aumento serão os ovos de páscoa, com previsão de alta entre 4% e 5%. Em seguida, vêm os peixes, que têm crescimento estimado em até 4%.

“A venda de ovos caiu com a crise em anos anteriores,e subiu só 2% em 2017 pelo preço alto na comparação com o chocolate em barra. A recuperação do emprego influencia a retomada”, diz Thiago Berka, economista da entidade.

O preço médio desse item deverá ter alta de 3%, segundo a associação.

 

Investimento a gás

A Bahiagás, distribuidora de gás natural controlada pelo governo baiano, aumentará o aporte feito na expansão de sua rede neste ano, segundo o diretor-presidente da companhia, Luiz Gavazza.

Uma parte dos R$ 72 milhões previstos irá para a construção de um gasoduto que passará pela região sudoeste do Estado.

Considerada a principal obra da empresa, ela ainda não entrou em execução devido a contestações legais.
“Planejamos incluir 6.000 novos usuários na rede e, a depender do andamento dos trabalhos do Sudoeste, poderemos atender de 30 a 50 quilômetros”, diz Gavazza.

O aporte em 2017 foi de aproximadamente R$ 50 milhões, afirma.

Há também projeção de aumentar, em 2018, a presença nas áreas urbanas consideradas polos, como Salvador, Feira de Santana e Itabuna.

Raio-X
Bahiagás

R$ 1,81 bilhão
foi o faturamento da distribuidora em 2017

2
são os outros sócios da companhia: Gaspetro, da Petrobras, e Mitsui

400
são os funcionários

 

Divisão... As redes Casas Bahia, Pontofrio e Extra, da Via Varejo, vão permitir aos clientes dividir o pagamento das compras on-line entre boleto e cartão de crédito. A opção entrou em testes neste mês e vale para transações acima de R$ 150.

...de pagamento A aprovação dos pedidos foi 50% maior nessa modalidade, na comparação com os pagamentos via boleto, e 10% maior em relação aos feitos com cartão de crédito. Algumas empresas hoje, como a Netshoes, adotam prática semelhante para casos específicos, como de clientes inadimplentes.

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Diana Lott

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente do que foi publicado no texto 'Mais ovos em 2018', a previsão de alta no preço médio dos ovos de páscoa é da Apas, e não da Abicab. A informação inicial foi passada pela primeira entidade. O texto está corrigido.

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