O motivo da queda é uma melhora nos níveis dos reservatórios, diz Claudio Sales, presidente da instituição.
"Atingiram-se, em média, 79,3% da capacidade da geração do sistema hidrelétrico no ano passado. Para 2018, a previsão é de 89%."
A relação entre o potencial que uma usina tem para gerar energia e quanto ela realmente produz é conhecido pela sigla GSF (em inglês).
Quando há deficit, elas precisam comprar a energia que deixaram de inserir no sistema, o que acarreta gastos bilionários.
Parte das usinas busca a Justiça para não ter de pagar essa conta.
O argumento é que foram prejudicadas por despachos fora da ordem houve momentos em que o operador do sistema tirou delas o privilégio de serem as primeiras a inserir energia do sistema, o que causou o desequilíbrio.
Alguns juízes dão razão às hidrelétricas e concedem liminares para que não paguem. Há cerca de R$ 6 bilhões em questionamento.
"O mercado caminha para travar se não houver uma saída, afirma Mario Menel, da Abiape (associação de investidores em energia)."
A proposta que tem mais força é parcelar os valores e esticar os prazos de concessão para que as empresas possam pagar, diz Paulo Cunha, da FGV Energia.
"É preciso interromper a inadimplência e dar uma solução à dívida acumulada."
Inadimplência de micro e pequenas empresas sobe 10% em 2017
O número de micro e pequenas empresas inadimplentes fechou 2017 com crescimento de 10,8% em relação ao registrado no fim do ano anterior, segundo o Serasa.
É o oitavo mês seguido de alta do indicador.
O resultado foi influenciado pelo setor de serviços, que reponde pela maior parcela entre os devedores (45,8%).
"Os pequenos negócios se concentram no segmento, que demorou para sair da crise. Se a retomada da área se consolidar, a inadimplência deverá se estabilizar no segundo semestre", diz Luiz Rabi, economista da entidade.
O veto presidencial ao Refis das micro e pequenas empresas, em janeiro, piorou as perspectivas de redução do endividamento, segundo o Sebrae. O Congresso ainda vai apreciar a questão.
"Os pequenos sofreram muito com a crise. O parcelamento de dívidas com desconto de juros e multas é crucial", diz o presidente do órgão, Guilherme Afif Domingos.
"A situação piorou com a saída dos CNPJs devedores do Simples [em dezembro]", diz o presidente do Simpi (das micro e pequenas indústrias), Joseph Couri.
"Só ficou quem fez acordos irreais que não serão cumpridos. Isso precisa ser revisto."
Fim do intervalo
A marca de roupas TNG vai voltar a investir na expansão de suas lojas após dois anos de ajustes na rede. A empresa prevê abrir 20 pontos de venda neste ano.
"Mantivemos o número de unidades na crise, mas tivemos de demitir 500 funcionários. Agora, com a economia em recuperação, voltamos a pensar em crescimento", diz o presidente, Tito Bessa Jr.
Somente em inaugurações, o aporte da companhia será de aproximadamente R$ 10 milhões, entre R$ 500 mil e R$ 600 mil por novo ponto.
A grife também vai aumentar a área de parte da rede, que atualmente só tem unidades próprias. O montante dessa operação não foi revelado.
"Nosso padrão hoje é ter espaços de até 170 m. Vamos começar a dobrar o tamanho para oferecer mais alfaiataria e moda feminina em 2018", afirma o executivo.
162
é o total de lojas
1.650
é o número de funcionários da grife
Mercado de seguros
O faturamento do setor de seguros foi de R$ 247 bilhões em 2017, um crescimento de de 6,6% na arrecadação, em relação ao ano anterior, segundo a CNSeg (confederação nacional das empresas de seguro e previdência).
O valor dos ativos administrados pelas seguradoras bateu o recorde de R$ 1,2 trilhão em 2017, afirma a entidade.
O número representa um aumento superior aos 13% na comparação a 2016, quando esse montante alcançou a marca de R$ 1,05 trilhão.
"A receita deverá continuar com um desempenho consistente em 2018. Quanto mais volátil a conjuntura, mais as pessoas buscam se proteger", diz Marcio Coriolano, presidente da CNSeg.
Depois... A Cacau Show, de chocolates, subiu para 6.800 o número de temporários para a Páscoa. Foram 6.600 pessoas em 2017, para lojas e fábricas.
...da folia O período de contratação costuma começar em novembro e vai até o feriado. A projeção é de aumento de 20% nas vendas no período.
Conexão... A Câmara de Comércio Brasil-Canadá vai lançar no próximo dia 21 uma iniciativa para ligar startups e investidores dos dois países.
...com o Norte O objetivo é cadastrar também entidades e empresas de tecnologia para facilitar a internacionalização de empresas brasileiras.
Luxo... A grife Hermès teve alta de 9% das vendas em 2017. A contribuição para o resultado veio de todas as áreas de negócios e regiões.
...sem fim As receitas consolidadas do grupo totalizaram 5,55 bilhões (R$ 22,33 bilhões), um aumento de 7% se considerado o ajuste cambial.
Varejo... A área de Campos Elíseos, no centro de São Paulo, é a área de alto padrão com maior potencial para o varejo de bens de consumo.
...paulista O bairro teve uma mudança de perfil após uma alta recente de domicílios alugados, diz a Geofusion, de consultoria e tecnologia.
com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas
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