O Metrô de São Paulo vai lançar no próximo dia 10 de março uma licitação para a exploração comercial por 40 anos dos 15 terminais de ônibus ligados às suas estações. O resultado da licitação deverá sair em abril.
No ano passado, 13% das receitas da companhia vieram de negócios que não envolveram a venda de bilhetes do Metrô —foram R$ 248,3 milhões, um crescimento de 30% em relação a 2016.
A maior parcela do resultado não tarifário teve origem em comercialização de publicidade em estações e trens (34,6%), concessão de espaços para shoppings centers (23,7%), terminais rodoviários (13,6%) e lojas (9,1%).
A receita com a exploração de mídia nas estações atingiu R$ 84,5 milhões em 2017 —alta de 156% em relação a 2016.
“Quanto mais independentes formos da receita tarifária, melhor porque ela tem variáveis incontroláveis, como economia, gratuidade, dias úteis, e temos de preservar a qualidade do serviço, diz Paulo Menezes, presidente do Metrô.
Em 2018, a expectativa é manter a expansão desse segmento. “Como estamos saindo da crise, esperamos melhora no faturamento de concessionários, o que repercute no nosso resultado.”
A empresa também conta com avanço da receita com tarifa. Para Menezes, já se percebeu melhora, apesar de em janeiro cair o movimento de passageiros. O ideal, diz, é levar 4 milhões ao dia. “No final de 2017, transportamos 3,9 milhões ao dia, o nível de 2014.”
ALÉM DA PASSAGEM
Terminais de ônibus que serão concedidos este ano para exploração comercial.
Linha 1 - Azul
Ana Rosa
Santana
Parada Inglesa
Armênia (sul)
Linha 3 - Vermelha
Vila Matilde
Carrão (norte)
Carrão (sul)
Tatuapé (norte)
Tatuapé (sul)
Patriarca
Artur Alvim
Penha (norte)
Barra Funda (sul)
Barra Funda (turístico)
Brás
13% das receitas do metrô não vieram das bilheterias em 2017
Fonte: Metrô
Pequenos mais otimistas
A intenção dos micro e pequenos empresários de comércio e serviços de investir em seus negócios atingiu em janeiro o recorde desde que o indicador é medido pelo SPC Brasil e pela CNDL (confederação de dirigentes lojistas).
O indicador chegou a 41,4 pontos na escala de 0 (nenhuma intenção) a 100 (pretende investir). A alta foi de 6,3 pontos em relação a dezembro.
“Vemos um aumento do otimismo do empreendedor. Ainda é pequeno, mas a tendência é de alta. As vendas do Natal, as melhores desde a crise, influenciam o resultado”, diz o superintendente de finanças do SPC, Flávio Borges.
Em termos percentuais, 35% dos empresários disseram que farão aportes em um horizonte de 90 dias. Eram 29% em dezembro. Os montantes serão aplicados principalmente em equipamentos.
O índice de demanda por crédito também subiu: chegou a 21,6 pontos no mês, contra 17,9 em dezembro.
De olho nos podres
Companhias dos setores de energia, telecomunicações e varejo aumentaram o número de consultas para atuar no mercado de créditos vencidos há mais de 90 dias, segundo quatro grandes consultorias.
A entrada de grandes instituições financeiras no mercado de recuperação de dívidas lançadas a prejuízo chamou a atenção de empresas.
Apesar do interesse crescente, porém há um receio de empresas que não são bancos de ferir contratos ou a relação com seus clientes, segundo Luís Vasco, da Deloitte.
“Distribuidoras de energia, por exemplo, mostram certo desconforto em negociar a recuperação de dívida porque ela pode ser vista como um desconto dado em uma conta de consumo”, diz Fernando Omori, da KPMG.
O Brasil tem um estoque de inadimplência de R$ 500 bilhões, estima Nicolas Malagamba, da PwC. “Há espaço para alta dessas operações.”
Fundos especializados em créditos “estressados” também têm olhado mais para o Brasil, observa Andrea Fuga, da EY.
Fermento no bolo A Amor aos Pedaços, de docerias, vai abrir 15 novas unidades, entre lojas e quiosques, até o fim do ano. No ano passado, o faturamento da rede foi de R$ 55 milhões.
Ocupação O número de contratos de aluguel de salas comerciais em 2017 na cidade de São Paulo foi o dobro daquele registrado no ano anterior, segundo a imobiliária Lello. Já o valor médio dos aluguéis caiu —foi de R$ 2 para R$ 1,9 mil.
com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Diana Lott
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