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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Relator quer votar jogos de azar depois do Carnaval

Há uma disputa sobre se a regulamentação deve ser abrangente ou restritiva

Maria Cristina Frias
Bingo Roma, em Porto Alegre - Edu Andrade - 27.jan.2017/Folhapress

O plano do senador Benedito de Lira (PP-AL), relator do projeto de lei para legalizar jogos de azar, é aprovar o texto neste mês na Comissão de Constituição e Justiça e enviar a matéria para o plenário do Senado em seguida.

A intenção é aprovar o marco legal, para que, posteriormente, outras leis regulamentarem como será o funcionamento de diferentes modalidades, como cassinos, bingos, jogo do bicho, etc.

"A ideia é sair da ilegalidade e depois veremos como serão as regras não vai poder abrir cassino em qualquer lugar e a fiscalização não acontecerá imediatamente."

Ele diz que espera um confronto com a bancada evangélica, mas que está confiante. "Isso já existe, não se pode dizer que não. Jogo do bicho está na cara de todos, nós fazemos de conta que não vemos."

Há uma disputa se a regulamentação deve ser mais abrangente ou restritiva, afirma Magno José Sousa, do Instituto Jogo Legal. Ele é favorável a liberar todos os tipos de jogos. "Há pressão para legalizar só cassinos."

As entidades usam a questão fiscal como argumento, segundo Elias Deiab, presidente da BR Jogos. "Nos estudos que temos, a legalização de bingos, que é o nosso foco, permitiria arrecadação de R$ 20 bilhões por ano."

Não há concordância: para Sousa, a soma de todos os jogos possibilitaria arrecadar R$ 18,7 bilhões, e para o senador Lira, de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões.

 

Bilhões em carros

A Localiza, de aluguel de automóveis, pretende expandir seus investimentos em renovação de frota e em tecnologia neste ano.

"Renovamos 80% dos carros por ano historicamente. Neste ano, no mesmo ritmo, estimamos que aproximadamente 120 mil serão trocados", diz o diretor-executivo, Eugênio Mattar.

Se o valor se concretizar, será um negócio de R$ 5 bilhões. A empresa não divulga quanto vai aportar na aquisição de novas unidades.

"Foram R$ 100 milhões aplicados no desenvolvimento de aplicativos para melhorar a experiência do usuário no ano passado. Neste ano, vamos investir nas atualizações dos aplicativos", afirma o executivo

Os novos aportes serão feitos principalmente com recursos próprios. O caixa da companhia gira em torno dos R$ 2,5 bilhões.

A empresa, que até o terceiro trimestre de 2017 havia crescido 23,7% em receita no segmento de aluguel de carros, também estima manter a velocidade de inaugurações de lojas.

Foram 38 novas unidades em 2016, último dado anual disponível. As agências corporativas eram 371 em setembro de 2017.

R$ 4,4 bilhões
foi o faturamento em 2016

R$ 1 bilhão
foi o EBIDTA naquele ano

185 mil
é a frota de carros da Localiza

7.900
é o número de funcionários

Concorrentes
Locamerica e Movida

 

Voltou a crescer

O faturamento setor de serviços da cidade de São Paulo subiu 6,1% em 2017 após dois anos seguidos de queda. O segmento teve receita de R$ 287,7 bilhões, segundo dados da FecomercioSP.

O valor é o segundo maior já registrado e chega próximo ao recorde, de 2014.

Das 13 atividades monitoradas no levantamento, sete tiveram alta. As áreas que se destacaram no ano foram as de corretagem e intermediação (com crescimento de 21,2%) e saúde (18,2%).

"As negociações cresceram sobre anos ruins e não devem manter esse ritmo. A saúde teve aumento porque é um dos primeiros itens em que as pessoas investem quado recuperam renda", diz Fábio Pina, economista da entidade.

O turismo lidera as retrações, com queda de 13,6% no ano. "Com a reativação da economia e das viagens de negócios, as hospedagens terão melhores resultados neste ano", afirma.

 

Alumina brasileira, alumínio estrangeiro

A exportação brasileira de alumina, matéria-prima para a fabricação de alumínio, cresceu 18,5% em valor no último ano, segundo a Abal (associação do setor). A venda externa totalizou US$ 2,63 bilhões (R$ 8,6 bilhões).

Em volume, porém, ficou estável. A tendência é que o mesmo ocorra em 2018.

Não temos informação de grandes investimentos ou mudanças na produção de alumina no Brasil neste ano, diz Milton Rego, presidente-executivo da Abal.

Os principais compradores do material em 2017 foram o Canadá, responsável por 38,7% do volume embarcado, e a Noruega, com 23,5%.

Uma das maiores variações veio da Islândia, o terceiro maior importador, que após um crescimento anual de 131,5% se tornou o destino de 9,1% das exportações.

 

Acordo A Abimaq (entidade da indústria de máquinas), renovou nesta segunda (5) um convênio com a Caixa. Um dos objetivos é permitir que o acesso de associados a linhas de financiamento seja mais célere.

Mais calorias A fabricante de chocolates Lugano, de Gramado, passará a comercializar franquias. A empresa tem hoje 26 lojas e planeja abrir pelo menos 30 até o fim deste ano, a começar por Santa Catarina.

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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