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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Descrição de chapéu universidade

Prêmio de seguros de vida ultrapassa o do segmento automotivo pela 1ª vez

Produtos de proteção pessoal têm crescido desde 2015

Carros enfileirados em pátio de montadora, ao ar livre
Prêmios de seguros de automóveis cresceram apenas 6,7% no último ano - Jorge Araújo/Folhapress

O prêmio total nos seguros de vida subiu 10,8% no ano passado e superou, pela primeira vez, o ramo automotivo, cuja alta foi de 6,7%, segundo o órgão regulador Susep.

O cálculo exclui o seguro obrigatório DPVAT no ramo de veículos, gerido por um único consórcio, e inclui o prestamista —que quita dívidas em caso de morte, invalidez ou desemprego —no de pessoas.

O maior ritmo de crescimento dos produtos de proteção pessoal ocorre desde 2015, segundo Marcio Coriolano, presidente da CNseg (confederação das seguradoras).

A venda de carros teve leve melhora em 2017, mas a queda nos anos anteriores impactou a contratação de coberturas, afirma. A variação foi de 2,6% em 2015 e -1,7% em 2016.

O incremento no seguro prestamista foi um dos principais fatores responsáveis pela alta em 2017, afirma Cláudio Leão, diretor do Bradesco.

Excluído esse produto, que cresceu quase 24%, a variação no ramo de pessoas foi similar à do automóvel, diz ele.

A tendência é que a diferença entre os segmentos aumente, de acordo com Bernardo Dieckmann, diretor da Icatu.

“Os prêmios de vida deverão superar R$ 37 bilhões. Os de carro podem até evoluir, mas não na mesma escala, pois são muito semelhantes entre si, o que leva a uma batalha de preços.”

Clientes têm optado por produtos mais complexos, não só no seguro de vida como em investimentos, e isso vai alavancar o setor, diz Luiz Fernando Butori, do Itaú.

 

Novos campi na praça

O grupo Ser Educacional, dono de seis instituições de ensino superior, investirá ao menos R$ 130 milhões em seu plano de expansão neste ano. A companhia abrirá operações em 16 cidades do país, dez delas capitais.

O principal aporte, porém, será em Fortaleza, onde a empresa já está presente. Serão aplicados R$ 35 milhões na construção de um novo campus.

Homem de terno lê livro de capa amarela
Janyo Diniz, presidente do grupo Ser Educacional - Léo Caldas/Folhapress

O Rio de Janeiro também receberá recursos de aproximadamente R$ 5 milhões destinados a infraestrutura.

Entre os municípios que receberão campi do grupo, estão Brasília, Curitiba, Palmas, Goiânia, Vitória, Porto Alegre, Macapá, Campo Grande, Porto Velho e Boa Vista. Cada um terá um montante inicial de pelo menos R$ 1 milhão.

A companhia também prevê novas aquisições neste ano. “Buscamos instituições que tenham autonomia para crescer operações onde ainda não estamos presentes”, afirma o presidente, Jânyo Diniz.

A área de ensino a distância também vai aumentar com a abertura de 200 novos polos. As universidades do grupo têm hoje 8 mil alunos nessa modalidade.

R$ 927,8 milhões
foi o faturamento do grupo em 2017 até setembro

R$ 193,1 milhões
foi o lucro líquido no período

130 mil
é o total de alunos presenciais

 

Receita do setor de biscoitos, pães e massas se estabiliza

O faturamento da indústria de bolachas, massas, pães e bolos industrializados andou de lado em 2017. As vendas do setor somaram R$ 39,25 bilhões, 0,6% a menos do que o registrado em 2016, segundo a consultoria Nielsen.

O volume comercializado foi 3% menor que o de 2016.

“O patamar dos diferentes produtos tem se mantido relativamente estável durante a crise”, afirma o presidente da Abimapi (das indústrias do setor), Claudio Zanão.

A maior queda se deu na receita da venda de biscoitos (redução de 1,8%).

“O consumidor migrou de marcas e itens mais caros para outros de menor preço”, diz Carolina Araújo, da Nielsen.

A associação estima alta de 3% na receita para este ano. 

A Selmi, dona da marca Renata, cresceu 15%. “Chegamos a sentir a crise, mas nossa linha de bolachas, mais nova, teve crescimento de 50% no ano”, afirma Marcelo Guimarães, diretor comercial.

A Itamaraty teve alta de 5% no faturamento após retração de 2% em 2016. O resultado foi influenciado pela retomada das exportações, que representam hoje 8% das vendas.

 

Banho, tosa e aquisição

A Petland, de pet shops, adquiriu todas as 12 unidades da concorrente 100% Pet.

“A incorporação faz parte da estratégia de aumentar a presença no interior de São Paulo”, afirma o sócio-diretor Rodrigo Albuquerque, que não revela o valor da operação.

A compradora vai investir ainda R$ 10 milhões de recursos próprios em 2018.

Metade desse valor será destinada ao lançamento de uma rede de atendimento veterinário com foco em medicina preventiva, que funcionará tanto dentro de alguns pontos já existentes como em unidades exclusivamente dedicadas ao novo serviço.

A franqueadora prevê também a criação de uma marca própria de acessórios e itens de limpeza e higiene para cães e gatos.

 

Meio de campo O ministro da indústria, Marcos Jorge, prometeu ao presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, conversar com a Embraco para que a empresa  brasileira reveja a decisão de fechar sua fábrica na Itália.

​com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Diana Lott ​

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