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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Anvisa acelera investigação de sobrepreço de remédio

Agência quer receber denúncias de compras de medicamentos com valor acima do teto

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) investigou 75% dos casos de denúncias que recebeu de compras públicas de remédios em que o preço excede o teto que ela impõe aos produtos.

As multas aplicadas somaram R$ 69 milhões em 2017.

Há um limite máximo de alguns preços que as distribuidoras de medicamentos devem observar ao vender para entidades públicas, como municípios ou estados.

Prateleira com remédios
Agência quer receber denúncias de compras de medicamentos com preço acima do teto - Edson Lopes Jr./Folha Imagem

Há ocasiões em que os entes públicos não encontram ofertas abaixo do teto. Os gestores compram, mas logo depois denunciam à Anvisa, diz Leandro Pinheiro Safatle, secretário-executivo responsável por esse setor na agência.

“A única opção é adquirir. Depois, eles denunciam porque se algum órgão de fiscalização os questionar, têm o respaldo de haver encaminhado o caso para a Anvisa.”

A agência tem se esforçado para acelerar as investigações porque isso é um estímulo para aumentar o número de denúncias, diz Safatle.

“As acusações de estados e municípios levavam anos para serem investigadas. Os mandatos acabavam, e os gestores não viam o retorno.”

De 2016 para cá, o tempo de averiguações caiu para meses, segundo o secretário.

“A Anvisa está mesmo mais célere”, diz Geraldo Monteiro, consultor de associações e empresas do setor.
Para a iniciativa privada, segundo ele, isso é positivo, pois as companhias penalizadas são as que não cumprem regras e têm ganhos que as demais não conseguem.

 

Mais roupa, menos móvel

As vendas no varejo tiveram um crescimento de 1,1% em março de 2018, em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo o birô de crédito Boa Vista SCPC.

O segmento de móveis e eletrodomésticos, que subiu 5,1% no acumulado de 12 meses, recuou 0,9% na comparação de março deste ano com o mesmo mês de 2017.

“O mercado ainda está em processo de retomada, e de forma lenta e gradual”, afirma Cândida Cervieri, diretora-executiva da Abimovel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário).

O melhor desempenho, na mesma relação entres os meses de março de 2017 e de 2018, foi o do setor de tecidos, vestuário e calçados, que apresentou alta de 6,2%.

Outros destaques foram as vendas de supermercados, de alimentos e de bebidas que aumentaram 4,6% nesse período.

 

Cautela no consumo

A intenção de consumo das famílias caiu 1,3% em abril, segundo a CNC (confederação do comércio). É a primeira queda desde setembro de 2017.

O indicador, medido mensalmente, chegou aos 86,9 pontos numa escala de 0 (menor consumo) a 200. Valores menores que 100 indicam pessimismo dos entrevistados.

Houve redução da intenção de consumo tanto de consumidores que ganham mais de 10 salários mínimos (de 2%) como dos de renda inferior a esse patamar (de 1,1%).

Na comparação anual, há alta de 11,7% no indicador.

“O consumidor está mais cauteloso. Ele entende que seu nível de vida têm melhorado, mas o ritmo é lento. Os juros na ponta e o desemprego ainda estão elevados”, diz Antonio Chaves Júnior, economista da entidade.

A previsão da CNC é de estabilidade no índice nos próximos meses.

 

Mais espaço no congelador

A Comfrio, empresa de logística e armazenagem de congelados, investirá R$ 30 milhões neste ano em equipamentos, tecnologia e construção de unidades em Recife (PE) e Extrema (MG). 

“Nosso maior mercado consumidor do Nordeste está em Pernambuco. Também escolhemos Minas porque lá teremos um frigorífico para um único cliente”, afirma Evandro Calanca, diretor-executivo da empresa. 

A companhia, que atende empresas dos setores de agronegócio e do alimentício, não deve se expandir para outros segmentos nos próximos anos, diz o executivo.

“Ainda podemos crescer bastante neste setor. A inflação em queda e os juros baixos nos permitem explorar esse mercado.”

R$ 370 milhões
foi o faturamento em 2017

1.550
é o total de funcionários

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Arthur Cagliari

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