O MEC (Ministério da Educação) autorizou a abertura de 7.716 polos de EaD (ensino a distância) desde a entrada em vigor da regra que flexibilizou o processo de abertura de pontos do tipo, em 2017.
A nova regulamentação, que eliminou a exigência de visitas prévias do ministério aos campi, mais do que duplicou o total de polos permitidos —de 6.990 para 14.706.
“É um mercado que tem tido um forte crescimento. No fim do ano, 2 milhões de matrículas eram a distância. Devem ser 3 milhões em até três anos”, diz Fabio Figueiredo, sócio da Cruzeiro do Sul, que tem 600 polos hoje.
“O limite à criação de polos agora varia de acordo com as avaliações institucionais das faculdades. Se todas inaugurarem o que têm direito, serão 12.500 até o fim do ano”, diz Luciano Sathler, diretor da Abed (associação do setor).
Até agora, as universidades que encabeçam a lista de autorizações pertencem a grandes grupos (Unip, Uninter e Kroton lideram), mas a entidade espera que a concentração se reduza.
Quatro das cinco instituições que obtiveram mais autorizações com o decreto atual não pertencem às grandes do setor. A exceção é a Unip, a segundo maior universidade desse mercado.
“Temos cerca de 70% das unidades autorizadas já em plena atividade. Nossa ideia é continuar a expansão nas áreas em que temos menor presença”, diz o diretor Fernando Di Genio Barbosa.
Marca com mais polos autorizados, a Uninter também quer expandir. “Já estamos nas grandes cidades. Queremos chegar às de 50 mil cuja demanda justifique”, diz Alfredo Pires, diretor de negócios.
Longe e perto
A Cruzeiro do Sul Educacional deu início a um plano agressivo de expansão do seu segmento de ensino a distância, que hoje conta com 430 polos em funcionamento.
“Até dezembro, serão ao menos 800 em operação. Nossas universidades podem abrir até 600 polos por ano”, afirma o sócio e diretor de planejamento do grupo, Fabio Figueiredo.
A empresa tem uma área dedicada a estudar em quais municípios as novas unidades deverão operar. O sistema digital usado nas aulas também está preparado para o crescimento.
“Como as aberturas nesse mercado são por parcerias, criamos uma área de treinamento para novos centros”, diz o executivo.
100 mil
é o total de alunos em cursos EaD nas instituições do grupo
10
são as marcas da empresa
5.100
é o número de funcionários
Cotas em concurso
Órgãos federais que separarem vagas para negros em concursos deverão criar uma comissão de cinco membros para atestar a identidade do candidato.
A regra está em uma portaria do Ministério do Planejamento. A comissão usará só o “critério fenotípico”, ou seja, a fisionomia da pessoa.
Em concursos, esse tema é mais importante que em universidades, afirma João Feres Jr., cientista político da UERJ. “Geralmente há poucas vagas, e a quantidade de tentativas de fraudes, proporcionalmente, aumenta.”
O critério do fenótipo é pertinente porque é dessa forma que o racismo é exercido no Brasil —as pessoas são tratadas de acordo com a percepção que os outros têm da cor delas, afirma Feres.
A criação de uma banca está de acordo com as decisões da Justiça sobre o tema, diz Cida Bento, professora do Centro de Estudos de Trabalho e Desigualdades.
“Será preciso verificar como serão formadas essas comissões avaliadoras.”
Longe e perto
A transportadora de encomendas rápidas Jamef vai investir cerca de R$ 35 milhões em novas unidades em 2018. Todo o aporte será feito com recursos próprios.
O montante será destinado principalmente à ampliação das operações em Campinas (SP) e Curitiba (PR).
“Os armazéns nessas cidades não davam conta de suprir a demanda e por isso faremos mudanças para espaços maiores”, diz o presidente, Ricardo Botelho.
Parte do recurso será aplicada na automatização de um local em Barueri (SP), que opera desde março.
“Compramos esteiras para selecionar os volumes e os direcionará ao carregamento de acordo com o destino. A ideia é minimizar a possibilidade de erro humano ou extravio”, diz.
2.800
são os funcionários
Uma força no azul
Furnas fechou 2017 com lucro de R$ 1,4 bilhão. A empresa já havia ficado no azul em 2016, mas havia sido beneficiada por indenizações antecipadas de concessões de suas linhas de transmissão.
O resultado de 2017 teve ajuda de fatores que não estão ligados à operação, como a renegociação de dívidas e recebimento de créditos do Tesouro Nacional.
Repaginação A Camargo Corrêa Infra, criada no ano passado para isolar os antigos negócios da empreiteira dos futuros, investiu R$ 2 milhões em um centro para testar tecnologias.
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com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Arthur Cagliari
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