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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Bancada quer Eletrobras em pauta e debater modelo, dizem deputados

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Foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dizer na quarta-feira (2) que pedira aos líderes da base aliada do governo uma estimativa de votos que têm para aprovar a privatização da estatal, para as ações ordinárias (com direito a voto) da estatal subirem 4,46%.

O papel foi o que mais avançou entre os listados no Ibovespa naquele dia, mas no partido de Maia deputados parecem não compartilhar o mesmo otimismo do mercado. O sentimento em muitos no DEM é de pouca confiança nos votos da bancada.

Deputados mais próximos ao governo, por sua vez, reclamam da falta de empenho no tema de partidários de Maia.

Torres de transmissão de energia elétrica no agreste de Pernambuco - Diego Herculano - 7.jun.16/Folhapress

Líder do PRB na Câmara, um dos partidos da base aliada do governo federal, Celso Russomano (SP) afirma que o partido garante 22 votos.

"Dependendo do modelo que for colocado para votação, [se for] vender uma parte, mas não perder a gestão totalmente, vamos votar 100% favoravelmente, não temos nenhum problema com isso."

No PSDB, não há dificuldade em colocar o tema em pauta, segundo o líder Nilson Leitão. O PSDB é a favor da "reestruturação" da Eletrobras, como foi da telefonia, afirma.

"Só saberemos quantos votos teremos, quando tivermos um texto estruturado. Metade da bancada é hoje favorável à reestruturação da Eletrobras, do jeito que está aí, mas há deputados de Minas que têm restrições. Outra parte quer debater, mudar o texto e melhorar alguns pontos", diz.

"O modelo precisa ser discutido, mas a Eletrobras não pode ficar nessa situação deplorável, o governo do PT a quebrou, só dá prejuízo. E quem paga a conta é a população."

 

Populares da Camargo

A HM Engenharia, empresa do grupo Camargo Corrêa, investirá aproximadamente R$ 40 milhões na compra de terrenos neste ano.

“Temos perspectivas de sair do estado de São Paulo, mas até o fim de 2018 continuaremos a investir aqui”, diz a diretora-executiva Sylvia Bianco.

Os aportes se concentram na região de Campinas e na Baixada Santista.

“No litoral, sentimos um deficit de projetos para primeira moradia. O que havia até então eram apartamentos de veraneio, mais caros.”

No caso de Campinas, o nível de industrialização e a renda dos moradores são as razões do interesse pela área, segundo o também diretor-executivo Mauro Bastazin.

A companhia vai ainda aplicar R$ 4 milhões em formas metálicas, que reduzem o custo da construção. Isso permitirá a venda de imóveis por R$ 130 mil, afirma Bastazin.

 

Obstáculos na integração digital

Mais da metade (57%) das empresas enfrentam adversidades na aquisição de startups de tecnologia, como as que lidam com internet das coisas e big data, segundo a EY.

Entram nesse grupo compradoras com dificuldade de integrar as companhias, de determinar o valor das empresas digitais e de se adaptar aos processos de diligência e avaliação de riscos.

A consultoria ouviu cerca de 900 executivos em 26 países. Cerca de 14% são classificados como exemplos maduros, que obtiveram melhoras de receita, no preço das ações e maior participação no mercado.

“Notamos que as empresas do Brasil estão um passo atrás na agenda de trazer as competências adquiridas para dentro de seu negócio”, afirma Viktor Andrade, sócio da área de fusões e aquisições da EY no Brasil.

“A maneira mais comum no país é desenvolver soluções internamente, contratar alguém ou firmar parcerias em vez de comprar startups. A maioria não tem uma abordagem sistemática para mapear potenciais alvos de aquisição.”

 

Senta aqui, vamos conversar

Cerca de 92 mil empresas inadimplentes negociaram dívidas atrasadas por meio do Serasa Recupera de março do ano passado até o fim do primeiro trimestre deste ano, primeiro ano da ferramenta.

O montante negociado foi de R$ 87 milhões o que, segundo a entidade, é reflexo de um cenário econômico mais favorável às empresas, que têm buscado sanar suas dívidas.

Os pequenos negócios lideraram as renegociações (foram 96% delas).

“A quantidade de inadimplentes estabilizou em 5,4 milhões nos últimos meses. Com o maior crescimento do PIB neste ano e os indicadores em alta, esse número deverá começar a cair”, diz Luiz Rabi, economista do birô.

 

A Diagnósticos do Brasil investirá R$ 50 milhões em seu projeto de expansão neste ano. A empresa vai abrir uma sede no Recife, para atender o Nordeste, e trocará suas instalações em São Paulo e Curitiba.

A companhia não atende clientes finais, mas, sim, recebe amostras de pacientes de outros laboratórios.

Ela é forte no segmento de toxicologia —fazem exames que identificam 17 tipos diferentes de drogas ilegais no corpo humano, algumas que nem mesmo existem no Brasil, diz Tobias Thabet, um dos sócios e diretor-comercial da empresa.

“Os recursos para esse aporte são próprios. O investimento será feito na expectativa de uma retomada da economia e de contratações, pois fazemos muitos exames de admissão de novos empregados.”

1.110
é o número de funcionários

3.000
são os exames que a empresa faz

 

Globalização A American Airlines levou 103 toneladas de limão brasileiro para o Canadá em abril. Foi preciso transportar de avião porque em maio há uma festa mexicana na qual se usa muito a fruta.

Web A maioria (52%) das crianças brasileiras usa redes sociais, aponta a ESPM. É o índice mais alto de oito países pesquisados.

Saúde O Sesi fechou uma parceria com o hospital Sírio-Libanês para a realização de estudos sobre a saúde do trabalhador da indústria com o objetivo de reduzir afastamentos.

Internacional A gestora de fundos Leste, do ex-sócio do BTG Pactual Emmanuel Hermann, inaugurou um escritório em Nova York. A empresa tem unidades em Miami e Londres.

Sacau A fabricante de chocolates Nugali vai aportar R$ 10 milhões nas obras de uma nova fábrica em Santa Catarina. A empresa busca aumentar sua exportação.

 

​​com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Arthur Cagliari

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