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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Paralisação de caminhoneiros levou a aumento de frete grátis

Empresas de ecommerce decidiram isentar taxa de entrega para manter nível de vendas

Maria Cristina Frias
Galpão da Ceagesp com pouco movimento
A paralisação dos caminhoneiros afetou o abastecimento da Ceagesp, na capital paulista - Eduardo Anizelli - 28.mai.18/Folhapress

Mais empresas de ecommerce passaram a oferecer frete grátis a seus clientes durante a paralisação dos caminhoneiros.

Antes da crise, cerca de 37% das empresas diziam isentar o cliente das entregas. Em 25 de maio, quando estradas tinham pontos de bloqueio, esse índice saltou para 46%, segundo a Ebit, que coleta dados sobre ecommerce.

“Foi para incentivar os consumidores a comprar, mesmo com prazos mais longos. A espera média de 12 dias em abril saltou a 32 dias no início de junho”, diz o diretor Pedro Guasti.

 

“As vendas caíram 3,6% nos dez dias da greve, em relação aos dez anteriores”, afirma Gastão Mattos, da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.

“Parece pouco, mas no varejo online é significativo. Sobretudo as empresas maiores, que conseguem negociar com fornecedores, fazia sentido abrir mão de lucro e tentar retomar os pedidos.”

No Magazine Luiza, que deu frete grátis, a situação já se normalizou, diz Eduardo Galanternick, diretor-executivo de ecommerce da marca. 

“Houve um impacto em nossas margens, mas pelo menos seguimos com as vendas.”

A Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, escolheu incentivar a retirada de compras nas lojas físicas durante a paralisação e diz já ter voltado ao padrão anterior de entrega gratuita.

Cerca de cinco dias após o fim da greve, as empresas retomaram a cobrança usual.

Procuradas, a Saraiva e a B2W, das marcas Lojas Americanas, Submarino e Shoptime, não quiseram se manifestar.

 

O que estou lendo
Ciro Gomes (PDT),
pré-candidato à presidência 

Atualmente em campanha, Ciro Gomes conta que está lendo a biografia de Winston Churchill, “Uma Vida”, escrita por Martin Gilbert.

“Churchill foi o maior estadista do século 20. Quase sozinho denunciava o nascimento perigoso da Alemanha de Hitler. Demoraram para entender que tinha razão e o convocaram para enfrentar o que seria a maior ameaça ao mundo.”

retrato de ciro gomes
Ciro Gomes, pré-candidato pelo PDT à presidência da República - Eduardo Knapp/Folhapress

Para o ex-governador e ministro dos governos Lula e Itamar, o líder britânico “conseguiu segurar os alemães e construiu as alianças necessárias para derrotá-lo.”

Por que essa leitura? “Em tempos de crescimento do fascismo, é sempre importante ler sobre a vida de quem contribuiu tão fortemente para a derrota do nazismo”, afirma.

Ciro, que oscila entre 10% e 11% na pesquisa do Datafolha, está tecnicamente empatado com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 7%. 

Os dois pré-candidatos estão atrás do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), que tem 19% das intenções de voto, e da ex-senadora Marina Silva (Rede), com 15%, nos cenários que não consideram o ex-presidente Lula (PT).

 

Medicina popular brasileira

As redes de clínicas populares, que oferecem atendimento médico e odontológico de baixo custo, concentrarão seus investimentos em treinamento e tecnologia em 2018.

As franquias OdontoCompany e PartMed receberão R$ 23 milhões neste ano em recursos próprios. Parte se destinará a uma plataforma de agendamento online e a melhorias nos sistemas de gestão.

O restante será aplicado em treinamentos práticos. “Tivemos uma melhora significativa no faturamento depois que adotamos os treinamentos presenciais”, afirma Paulo Zahr, fundador das duas empresas.

A Orthodontic planeja investir R$ 6 milhões em tecnologia da informação e outros R$ 7 milhões só em inteligência artificial.

“Estimamos que 70% dos pacientes precisam de implantes. Queremos poder identificá-los por meio de análises automatizadas de radiografias”, diz Fernando Massi, fundador.

A GlobalMed, de atendimento médico especializado, investirá R$ 10 milhões também em tecnologia e treinamento de suas equipes. Mais R$ 4 milhões irão para a abertura de seis unidades próprias.

 

Bolão executivo
Paulo Caffarelli,
presidente do Banco do Brasil

O torcedor do Coritiba Paulo Caffarelli, que também é presidente do Banco do Brasil, diz considerar que o país ainda é traumatizado pelo 7 a 1, mas que a Copa de 2018 é uma oportunidade para deixar isso para trás.

“O Tite assumiu e deu segurança. Hoje somos um dos favoritos, e espero que já a partir do primeiro jogo isso seja ratificado. Aposto em 3 a 0 contra a Suíça”, diz o executivo.

Se o Brasil não for o campeão do torneio na Rússia, as  apostas dele são em Alemanha, Espanha ou Portugal.

Brasil

PIB: R$ 1,7 tri
Inflação: 2,95%
Desemprego: 11,8%
Balança Comercial: R$ 67 bi

Principais Exportações:
Soja, Petróleo, Minérios

Principais Importações:
Manufaturas, Combustíveis, Medicamentos

Fonte: IBGE e Mdic. Dados de 2017.

 

Decolagem chinesa de luxo

O mercado de luxo deverá crescer de 6% a 8% globalmente neste ano após um primeiro trimestre de evolução acelerada, segundo a consultoria Bain & Company.

Houve uma alta de 6% no faturamento das empresas do setor de janeiro a março, impulsionada principalmente pela China e pelos segmentos de jóias, sapatos e couro.

A previsão é que o mercado chinês tenha um incremento de 20% a 22% em 2018, de acordo com a consultoria, devido a um movimento de redução de preços e ao aumento da base de consumidores da categoria luxo.

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Diana Lott

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