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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Contratação de seguros de pessoas cresce 8,5% até junho

Os valores pagos por produtos da categoria somam R$ 19,94 bilhões

Maria Cristina Frias

A contratação de seguros de pessoas cresceu 8,5% no primeiro semestre de 2018, segundo a Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).

Os prêmios pagos totalizaram R$ 19,94 bilhões —36% do montante se refere a seguros de vida.

A previsão da entidade é que o ritmo de crescimento se mantenha até o fim deste ano.

“O nosso entendimento é que não haverá grandes mudanças no segundo semestre”, diz o presidente da federação Edson Franco, que também é CEO da Zurich.

“Prevemos um incremento no setor de 8,9% neste ano no cenário otimista e, no pessimista, se houver uma deterioração econômica muito acelerada, uma alta de 5,9%.”

O volume de indenizações pagas pelas seguradoras totalizou R$ 4,35 bilhões de janeiro a junho, um leve acréscimo de 1,8% em relação ao mesmo período de 2017.

As contratações aumentaram em todas as categorias, mas a maior variação (23,7%) ocorreu no prestamista (proteção para evitar inadimplência em financiamentos nos casos de morte, invalidez ou desemprego).

“Como o produto oferece uma cobertura que garante a continuidade do pagamento de parcelas em caso de desemprego, há uma maior demanda no momento atual”, diz Claudio Leão, diretor da Bradesco Vida e Previdência.

A seguradora registrou um crescimento de 26,4% nesta categoria no primeiro semestre. Ao incluir todas as categorias, como vida e proteção contra acidentes, porém, a alta foi mais modesta, de 3%.

 

Tim usará geração distribuída de energia para reduzir custos

A Tim ampliará sua geração de energia em pequena escala, a partir de fonte renovável e perto do local de consumo. A operadora contratará 15 empresas que farão projetos de geração distribuída em 21 estados.

“Até 2020, 60% da nossa demanda será atendida por essas opções fora do mercado tradicional. Isso gera economia de até 18% no valor que desembolsamos”, afirma Bruno Gentil, diretor de recursos corporativos.

O programa envolverá fazendas solares, pequenas hidrelétricas e parques eólicos, além do uso de biogás.

Cerca de 30% da energia utilizada pela companhia hoje vem do mercado livre — em que grandes clientes podem escolher os fornecedores— ou da geração de pequenas hidrelétricas em Minas Gerais.

“Esse projeto foi nossa primeira experiência com geração distribuída e funciona desde o fim de 2017. Responde hoje por 11% do nosso consumo”, diz.

A ideia é sair do mercado cativo, em que o pagamento se dá às distribuidoras, até 2032.

 

Empresa investe em fábrica no Sul para atender Nordeste

A Broto Legal, empresa beneficiadora de arroz e feijão, vai investir R$ 40 milhões em uma nova fábrica na cidade de Uruguaiana (RS).

Há plantas mais antigas em Campinas e Porto Ferreira (ambas em SP), segundo o diretor-executivo Lázaro Moreto. A nova operação será de arroz branco, e o local foi escolhido pela proximidade com os agricultores.

“A ideia é atender os mercados do Sul e também os estados do Norte e Nordeste, onde ainda não chegamos.”

Custa caro, para a empresa, levar o produto de São Paulo até essas duas regiões. Faz mais sentido financeiro transportar as sacas até o porto de Rio Grande (RS) e de lá, por navio, para o resto do país.

“O preço do arroz é maior no resto do estado do que em em Uruguaiana, que fica na fronteira com a Argentina e é uma das principais regiões produtoras”, afirma Moreto.

Para fazer o investimento, a empresa pegou um empréstimo do BNDES de cerca de R$ 24 milhões. O resto do capital para a expansão é próprio.

O controle da Broto Legal foi vendido, no começo de 2018, à CinelAlimentos. A compra foi aprovada pelo Cade em março.

R$ 500 milhões
foi o faturamento em 2017

Lázaro Moreto, diretor da empresa de alimentos Broto Legal - Karime Xavier/Folhapress

 

Dívidas em alta

O número de micro e pequenas empresas inadimplentes cresceu 0,7% em julho, na comparação com o registrado no mês anterior, segundo o Serasa Experian.

O total de pessoas jurídicas desses portes negativadas chegou a 5,21 milhões, o maior da série histórica  do indicador, iniciada em março de 2016.

“Se compararmos com julho de 2017, a alta é de 9,45%. A tendência é de trajetória ascendente até o fim do ano. Se as vendas do varejo forem boas, o ritmo poderá desacelerar”, afirma Luiz Rabi, economista-chefe da entidade.

 

Reservas As provisões técnicas das seguradoras totalizaram R$ 4,51 bilhões de janeiro a junho deste ano, segundo o Sincor-SP (sindicato dos corretores).

Lousa virtual A Younder, empresa de tecnologia para cursos online, vai investir R$ 10 milhões no desenvolvimento de novos produtos.

Maresia Oito quiosques vão abrir na orla carioca até setembro, segundo a Orla Rio, concessionária dos 309 pontos no Leme ao Pontal.

Exercício A Life Fitness, de equipamentos para musculação, investiu R$ 8 milhões em duas linhas de montagem de produtos e na reformulação de uma de suas lojas.

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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