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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Infraero quer igualar receita comercial à de aviação

Uma das estratégias é baixar tarifas cobradas das aéreas em aeroportos de cidades menores

Maria Cristina Frias

A Infraero planeja aumentar as receitas das áreas comerciais dos aeroportos para que elas representem a metade de tudo que a estatal fatura, diz o presidente Antônio Claret de Oliveira.

A empresa implementou um sistema de monitoramento do faturamento das lojas e prestadoras de serviços que atuam nos aeroportos, semelhante ao que os shopping-centers utilizam, segundo ele.

Outra iniciativa é abrir espaços com potencial de comercialização: áreas de escritório foram retiradas do aeroporto de Congonhas para dar lugar a lojas e restaurantes.

Avião estacionado no aeroporto de Vitória - Tiago Bênia - 4.abr.18/Infraero

“Desloquei 800 pessoas que trabalhavam no aeroporto para outro prédio e vou colocar 7.500 m² no mercado”, afirma.

O Pavilhão das Autoridades, um saguão fechado ao público, de onde presidentes embarcam, deverá ceder espaço para um setor de embarque expresso para os passageiros de classes executivas das companhias aéreas.

Para aumentar as receitas com tarifas, Oliveira retoma um projeto que nunca saiu do papel: aeroportos em cidades menores, como São José dos Campos (SP). Para isso, pretende baixar as tarifas cobradas das companhias.

“É preciso dar fôlego para as aéreas trabalharem, pelo menos até que tenham se estabelecido. Por um momento, elas vão voar com menos de 50% da capacidade.”

O único acionista da estatal  é o governo, mas ela tem planos para abrir capital na Bolsa e, segundo o executivo, trabalhar para melhorar os resultados operacionais neste ano.

 

Indústria do ramo automotivo vai investir R$ 90 milhões no país até 2019

O grupo mineiro Aethra, de peças e serviços para a indústria automotiva, vai aportar R$ 90 milhões em sua operação no Brasil até o ano que vem.

Cerca de R$ 40 milhões serão destinados a ações de pesquisa e desenvolvimento neste ano.

“Temos duas tecnologias patenteadas recentemente para fazer estruturas para carrocerias de carros e caminhões com materiais de alta resistência que resultam em produtos mais leves”, diz o diretor comercial, Osias Galantine.

“Um dos nossos objetivos é nos prepararmos para a produção de veículos híbridos, que usam eletricidade. Desenvolvemos protótipos de tanques para veículos do tipo que estão em teste na Alemanha.”

A fábrica da empresa em Pouso Alegre (MG) vai receber investimento de R$ 50 milhões em 2019, aplicados na compra e na instalação de prensas com sensores.

A companhia prevê crescer 25% em faturamento neste ano. “Teremos alta maior que a do setor porque fornecemos peças para uma série de lançamentos de montadoras locais que foram bem nas vendas no primeiro semestre”, afirma.

R$ 837 milhões
foi a receita bruta em 2017

10
são as plantas do grupo no país

3.600
são os funcionários no Brasil

 

 

Peças em armazém

A fabricante de autopeças de origem argentina Wega vai investir cerca de R$ 35 milhões em obras de armazéns logísticos no país até o ano que vem.

A empresa, que produz na Argentina e na China filtros e velas automotivas, vai expandir seu centro de distribuição em Itajaí (SC) ainda neste ano.

“Vamos dobrar o tamanho das instalações até outubro, para 12 mil metros quadrados. Teremos um laboratório novo e um auditório. Entre terreno e obra aplicamos R$ 17 milhões”, diz o CEO, Cristian Rodrigues Neto.

Estão previstas para 2019 uma segunda expansão no armazém e a criação de um condomínio logístico em uma área próxima à unidade.

A empresa prevê aportar R$ 19 milhões nas duas ações.

“Nossa intenção é reinvestir 90% do lucro. Também vamos aplicar R$ 18,5 milhões para dobrar a área da nossa planta em Buenos Aires no próximo ano”, afirma.

A companhia prevê crescer 18% em faturamento no Brasil em 2018.

R$ 280 milhões
é a receita anual das operações brasileira e argentina combinadas

 

Segurança dos últimos dias

A empresa de equipamentos de segurança Segware, com sede em Florianópolis, vai investir US$ 15 milhões (R$ 55,5 milhões) para abrir uma filial nos Estados Unidos.

O dinheiro será alocado em contratações e em desenvolvimento de produtos, segundo o diretor-executivo Luiz Henrique Bonatti.

“O mercado de segurança nos EUA é maior que no Brasil. Lá há 25 milhões de casas ou edifícios monitorados por equipamentos, e aqui é um número perto de 1 milhão.”

A empresa escolheu Salt Lake City, no estado de Utah, para abrir a unidade.

A opção foi feita, em parte, para capturar profissionais com conhecimentos de tecnologia, mas sem estar exposta aos custos altos do Vale do Silício, na Califórnia, de acordo com o executivo.

Além disso, Utah tem uma grande presença de seguidores da Igreja Mórmon, religião da família de um dos sócios, segundo Bonatti. 

 

No celular Metade (51%) dos brasileiros fez ao menos uma compra por meio de aplicativo nos últimos 12 meses, segundo o SPC Brasil. Entre os entrevistados, 44% já usaram o Whatsapp para se comunicar com lojas.

Desempenho Cerca de 59% dos diretores brasileiros dizem ter muita confiança de que as habilidades de seus funcionários são adequadas para os planos futuros, segundo a consultoria Robert Half. A média global é de 31%.

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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