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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Novas construções em SP perdem importância no total de investimentos

Infraestrutura urbana e social deverá receber menos da metade dos aportes até o fim deste ano

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Os investimentos do estado de São Paulo caíram como um todo, mas a fatia que vai para construção diminuiu ainda mais, aponta a Fiesp (federação das indústrias do estado).

Infraestrutura urbana e social deverá receber cerca de 47% de todos os aportes até o fim de 2018, segundo a entidade, que fez uma projeção das contas deste ano.

Vista panorâmica do bairro do Limão, na zona norte de SP - Marcelo Justo - 21.jun.17/Folhapress

Essa rubrica costuma ficar com cerca de 60% do total de investimentos.

“Esses são investimentos importantes para a cadeia da construção inteira, pois são obras que geralmente implicam em outros projetos, inclusive privados”, afirma Andrea Bandeira consultora da Fiesp responsável pelo estudo.

Pela contabilidade de administração pública, reformas em estruturas existentes também são consideradas investimentos, e não apenas infraestrutura nova.

Nos últimos anos, as construções passaram a representar uma fatia menor dentro do total, e aumentou a importância relativa da manutenção.

É natural que isso aconteça no cenário de crise fiscal, segundo José Martins, presidente da Cbic (câmara da indústria da Construção).

Com restrição orçamentária, os gestores públicos não conseguem iniciar novos investimentos em infraestrutura, mas não há como deixar de fazer reparos.

“Em outros estados, as obras novas foram a zero, assim como em alguns órgãos do governo federal —cito o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transpores”, acrescenta o executivo.

 

Investimento que deixa liso

A Espaçolaser, rede de depilação, vai comprar o controle acionário de seus principais franqueados por cerca de R$ 110 milhões. A empresa estima que isso implicará na inclusão de cerca de cem lojas no seu portfólio.

O plano é manter os atuais gestores nos seus postos, mesmo com a mudança societária, segundo Paulo Morais, diretor-executivo do grupo.

“Os atuais franqueados continuarão como operadores, nós teremos o controle financeiro. Nosso objetivo com essa compra é ter acesso aos resultados deles. Vamos nos alavancar para fazer isso.”

A empresa pretende ainda abrir 40 unidades neste ano. A maioria (32) será somente da Espaçolaser, mas, em oito novas lojas, ela terá 51% das ações e um sócio minoritário que também será o operador.

A companhia investirá R$ 35 milhões nessa expansão.

“Agora é um momento estratégico para a gente: queremos ocupar espaços para que a concorrência não pense em abrir unidades perto de onde nós estaremos.”

362
é o número atual de unidades

 

Após debandada, SP busca atrair 200 empresas de tecnologia

A SP Negócios (agência de promoção de investimentos da capital paulista) iniciou um programa para convencer 200 empresas de tecnologia a voltarem ao município.

Muitas decidiram mudar para outras cidades devido a subsídios fiscais e, agora, a prefeitura negocia para que retornem, afirma Juan Quirós, presidente do órgão.

O projeto se baseia na unificação e redução do ISS (Imposto Sobre Serviços) para o setor, aprovada no fim do ano passado.

“Além da nova alíquota [de 2,9%], há dois pontos essenciais aqui: o acesso à mão de obra e a proximidade com o próprio mercado”, diz Quirós.

“Já contatamos 62 empresas. A ideia é dar apoio, mostrar que podemos fornecer suporte técnico ou relativo a documentação.”

Para atrair os empresários, a agência planeja acelerar a tramitação de processos burocráticos, como a emissão de licenças ou o diálogo com secretarias.

A meta da prefeitura é alcançar pelo menos cem dessas companhias até o fim deste ano. Não há uma restrição em relação ao porte das empresas ou à distância de sua sede atual até São Paulo.

 

Rumo ao campo

O esforço de empresas do agronegócio em aumentar eficiência e a entrada crescente de investimentos internacionais no ramo têm fomentado a migração de executivos de outros setores para a área, segundo a Hays Executive.

Cerca de 70% dos executivos atuais de companhias-chave desse segmento tiveram passagem de ao menos cinco anos por outras indústrias, aponta o levantamento da consultoria.

“Existe a concentração de profissionais em poucas companhias e, para evitar a guerra de talentos, tem sido recorrente esse tipo de recrutamento”, diz Winnie Welbergen, gerente-executiva .

“Executivos de empresas químicas e de mineração, que também lidam com recursos naturais e costumam ter bases fora de grandes centros, são os mais procurados.”

A falta de competência técnica e de experiência para lidar com as especificidades do campo, contudo, são hoje as principais dificuldades de contratação enfrentadas pelo segmento, de acordo com os ouvidos na pesquisa.

 

Notas e moedas O dinheiro em espécie ainda é o principal meio de pagamento de dívidas entre os brasileiros bancarizados, segundo levantamento da Indra. É a escolha de 47,5% da população.

Nova posição A empresária Angela Tamiko Hirata acaba de assumir a superintendência do Shopping D&D, em São Paulo. Ela foi executiva na Alpargatas e conduz hoje a consultoria Suriana Trading.

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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