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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Agência revisa dados e planos de saúde registram piora em 2018

ANS chegou a informar alta no número de beneficiários mas, na verdade, houve queda em todos os meses

Após revisão de dados, a ANS (Agência Nacional de Saúde) verificou que houve queda no número de beneficiários de planos de saúde em todos os meses deste ano na comparação com 2017.

O órgão chegou a informar um leve acréscimo em alguns meses, mas essa melhora ainda não aconteceu.

corredor de hospital
Dados informados inicialmente pela agência mostravam leve crescimento no número de usuários de planos de saúde - Joel Silva - 4.jul.2018/Folhapress

A agência afirma que informações podem sofrer modificações retroativas devido a retificações feitas mensalmente pelas próprias operadoras.

“A revisão pode ser encarada como um indicador que as coisas estão um pouco pior do que se imaginava”, diz Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do Iess (instituto de estudos do setor).

“Vimos a ANS dizer que houve um aumento pequeno, de 0,1%, e comemorar como se fosse uma melhora, mas recomendamos cautela. O mercado de trabalho formal não está aquecido para dar suporte a uma retomada.”

Apesar do saldo de beneficiários ainda ser negativo em 2018, as empresas consideram que o pior já passou.

“O importante é que as mudanças agora são marginais, não há mais perda de 1 milhão de vidas em um ano.”, diz Marcos Novais, economista da Abramge (associação setorial).

“A taxa de cancelamento de contratos tem mostrado uma redução, o que reforça o entendimento que o setor já atingiu a retração limite, diz ele.

As nossas projeções iniciais para este ano eram mais positivas, afirma José Cechin, diretor-executivo da FenaSaúde (federação das operadoras).

“Imaginávamos 700 mil a 1 milhão de novos beneficiários e hoje trabalhamos com algo em torno de 250 mil em um cenário mais otimista.”

 

Bom para a tosse

A farmacêutica Natulab investirá R$ 23 milhões  de recursos próprios nos próximos meses para aumentar  produção e lançar novos produtos.

A empresa, que atua no segmento de fitoterápicos e medicamentos isentos de prescrição, produz cerca de 800 mil unidades por mês de suplementos e assemelhados, segundo o diretor-executivo Wilson Borges.

“Planejamos chegar a 1,3 milhões de unidades”, diz ele.

 

O redesenho da fábrica, que fica em Santo Antônio de Jesus (BA), consumirá R$ 10 milhões e permitirá que a empresa mantenha o ritmo de crescimento, de acordo com Borges.

A maior parte do investimento (R$ 13 milhões) se destinará a pesquisa e desenvolvimento e à introdução de novos itens. “Teremos cinco lançamentos em 2019.”

O foco para o próximo ano será aumentar a presença no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste do país. Por enquanto, a companhia não tem planos de expansão para o mercado internacional, afirma.

“Temos muito a crescer organicamente nessas regiões.”

 

Financiamentos em alta

O volume de recursos liberados para o financiamento de veículos cresceu 27,5% no primeiro semestre deste ano, segundo a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras).

Foram R$ 57,32 bilhões ao se considerar apenas a modalidade de crédito direto ao consumidor. O montante foi de R$ 44,98 bilhões no mesmo período de 2017.

Os fatores que mais contribuem para esse aumento são a manutenção da Selic e do índice de inflação, além de uma leve redução na taxa de juros ofertada pelos bancos, de acordo com a entidade.

A média cobrada pelas instituições financeiras das montadoras ficou em 1,35% ao mês (ou 17,74% ao ano) em junho. No mesmo período de 2017, a alíquota estava em 1,6% e 20,98%, respectivamente.

Tanto em 2017 como em 2018 a taxa anual ainda figura mais de dez pontos percentuais acima da Selic.

43 meses
era o prazo médio dos planos de financiamento em junho deste ano

 

Depois do hospital

A Rede Relief, de centros de internação, investiu R$ 32 milhões de recursos próprios em três unidades de atendimento na capital paulista.

Duas estão no bairro do Jardins e somam 74 leitos. A escolha dos locais levou em conta a proximidade de hospitais como Nove de Julho, Sírio Libanês e outros perto da avenida Paulista, diz o presidente Euro Palomba.

“Um centro será voltado a atendimentos de alta complexidade e o outro, a pacientes de pediatria e reabilitação”.

O terceiro receberá ainda R$ 12 milhões para a finalização das obras e ficará no bairro Chácara Santo Antônio, na zona sul. A inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2019. 

“Há uma lacuna na oferta de serviços entre o momento da alta hospitalar e o início do tratamento a domicílio”, diz Palomba. 

Os serviços são cobrados por meio de diárias de valor fixo. “Conseguimos ter custos previsíveis para usuários e operadoras”, afirma.

 

Caos Caracas passou para a pior classificação de cidades para executivos estrangeiros no ranking da ECA International. Os que ainda permanecem lá enviaram suas famílias para casa, segundo o relatório.

O meu primeiro A GfK fez uma pesquisa sobre transporte e observou que a resposta mais comum (18%) que justifica a compra de um carro é que ele dá independência ao dono.

Quatro rodas O valor do seguro de autos caiu 26% em julho, aponta o site Bidu.

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Diana Lott

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