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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Gasolina aditivada sobe mais que a comum em 2018

Aumento dos preços nas refinarias foi integralmente repassado ao consumidor

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O preço médio da gasolina aditivada cobrado nos postos subiu mais que o da comum e o do álcool no acumulado deste ano. Esse crescimento só perde para o aumento observado no valor do GNV (gás natural veicular).

 

O valor médio cobrado pelo litro da gasolina premium teve reajuste de 10,44% de 16 de janeiro até o início deste mês. Passou de R$ 5,01 para R$ 5,53. O do combustível comum teve alta de 4,14% no período e é vendido a R$ 4,63.

Posto de gasolina; placa indica os preços dos combustíveis
Posto na avenida Angélica exibe preços de combustíveis que sofreram alta no início de setembro deste ano - Danilo Verpa - 11.set.18/Folhapress

Os dados são do Confaz (conselho de política fazendária), órgão do Ministério da Fazenda que compila as informações sobre preço coletadas por cada estado para definir a cobrança de ICMS.

“No preço da aditivada, houve repasse integral do incremento das refinarias. No da comum, provavelmente houve uma redução das margens dos postos”, diz Paulo Miranda Soares, presidente da Fecombustíveis (federação do comércio de combustíveis).

“O preço subiu 29% na refinaria. Um terço desse reajuste geralmente chega às bombas porque há outros componentes no custo, como impostos, frete e lucro da distribuidora”, afirma ele.

O valor do GNV, que teve a maior alta até o momento, subiu 13,3%. O metro cúbico custa em média R$ 2,91 atualmente.

“A energia elétrica, um insumo importante dessa indústria, está mais cara e é um dos fatores que explicam o reajuste, segundo Marcelo Mendonça, gerente de estratégia da Abegás (associação das distribuidoras de gás).

“Os valores internacionais da commodity também têm sido reajustados, e esse aumento é passado às distribuidoras pela Petrobras. Ainda assim, o GNV é competitivo em relação aos combustíveis líquidos”, diz ele.

 

Turismo no interior

A Nóbile Hotéis vai investir cerca de R$ 60 milhões na expansão de sua rede e na reforma de unidades em 2019.

A empresa, que opera 54 empreendimentos atualmente, vai abrir no ano que vem um empreendimento em Fortaleza.

“O projeto já está aprovado e estamos no início das obras, que vão demandar R$ 40 milhões. A previsão é inaugurar no segundo semestre”, afirma o presidente da marca, Roberto Bertino.

“Vamos ainda fazer ao menos sete conversões de bandeiras, que exigem uma série de reformas nos edifícios. Nisso, o aporte será de aproximadamente R$ 18 milhões.”

A prioridade da companhia é expandir operações no interior de São Paulo e na região Sul. “Mas também teremos nossa primeira unidade em João Pessoa”, diz.

A Nóbile projeta crescer 20% em receita em 2018. A alta é influenciada pela abertura de 11 hotéis e pelo aumento de 8% na diária média.

R$ 264 milhões
foi o faturamento em 2017

 

Aos candidatos
Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil

Maiores investimentos na construção civil e em infraestrutura são um dos pleitos da indústria do aço para o próximo governo federal.

Os aportes contribuiriam para a retomada do consumo interno, o que deve ser feito com a participação da indústria nacional, afirma Marco Polo de Mello, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil. 

“Por causa da escassez de recursos, cogita-se atrair capital chinês para o setor, mas essas empresas trazem operações completas, com mão de obra e equipamentos”, diz.

O segmento também demanda o reajuste da alíquota do Reintegra (programa de desoneração de exportações) para 3%. Em junho, ela foi reduzida de 2% para 0,1%. 


Propostas da indústria do aço aos presidenciáveis

  • Simplificação dos procedimentos para exportação e maior integração entre os órgãos atuantes
  • Avaliação de medidas de defesa comercial com base em critérios técnicos, não políticos

103.150
são os empregos diretos

50,4 milhões
de toneladas por ano é a capacidade instalada (aço)

US$ 5,8 bilhões
é a balança comercial

13 milhões
toneladas exportadas

Fonte: Instituto do Aço. Dados de 2017.

 

Sem sonho de carro próprio

Um em cada quatro emplacamentos de automóveis no primeiro semestre foi feito por locadoras, segundo a Abla (associação das empresas).

Os 242,7 mil veículos comprados de janeiro a junho representam 67,5% do total registrado pelo setor em 2017.

“Nossa frota é renovada a cada 12 meses. Emplacamos o mesmo número do ano anterior mais um adicional devido à expansão”, afirma Maurício Teixeira, diretor financeiro da Localiza.

“Ainda há muito potencial no nosso país. O Brasil tem 60 milhões de pessoas com mais de 20 anos que têm cartão de crédito, mas só 23 milhões são usuários de locadoras”, diz Luis Fernando Porto, presidente da Unidas. 

A projeção da Abla era de um aumento de 12% em 2018, mas o número deverá ser menor devido à paralisação dos caminhoneiros, segundo o presidente Paulo Miguel Jr.

 

Retrofit

O centro paulista de eventos Transamérica Expo Center vai investir R$ 20 milhões em uma reforma de seus ambientes internos, em três novos restaurantes e em uma área de convivência com quiosques de alimentação.

O espaço existe desde 2001 e já passou por duas ampliações, mas nunca foi renovado, segundo o diretor Alexandre Marcílio.

“O hotel [Transamérica] em breve terá novidades, temos conduzido alguns estudos, e o Expo Center será o piloto do que está por vir.”

 

Diversificou A Sapore, de alimentos, investirá R$ 11,6 milhões em quatro startups. A maior delas, que atua na área de educação, receberá R$ 4,6 milhões. As demais se dedicam a gestão de compras, logística e meios de pagamento.

Tempero A fabricante de condimentos Latinex investirá R$ 10 milhões em uma fábrica em Curitiba até junho de 2019 para depender menos de importados.

Reúso A Tramontina trocou o uso de água do poço da empresa por um sistema que filtra chuva, com capacidade de 2 milhões de litros.

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Diana Lott

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