A aprovação da compra da Transfederal, de transporte de valores, pela Prosegur, determinada em setembro pelo superintendente-geral do Cade, Alexandre Cordeiro, será revisada pelo Tribunal Administrativo do órgão.

A decisão de Cordeiro contrariou parecer da própria Superintendência, que recomendou que o negócio fosse impugnado e analisado pelo Tribunal devido a seus efeitos nos mercados do Distrito Federal e do Tocantins.

O conselheiro João Paulo de Resende determinou revisão do caso nesta quarta (3).

Um dia antes, o Ministério Público Federal havia recorrido do despacho de Cordeiro. Foi a primeira decisão do tipo tomada pela Procuradoria.

“A determinação do superintendente foi atípica. A regra é que se siga a recomendação técnica”, diz Bruno Drago, do Demarest.

“Entendemos que o MPF é parte legítima para [protocolar] o recurso, a questão afeta a coletividade”, diz o sub-procurador Sady Torres Filho.

“Haverá um conselheiro relator e o Tribunal analisará o negócio”, diz Denise Junqueira, do Cascione.

A Prosegur diz aguardar o desfecho do processo. O senador Eunício Oliveira (MDB-CE), sócio da Remmo, controladora da Transfederal, afirma estar afastado da empresa desde 1998.

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