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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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EDP vai elevar investimentos anuais para R$ 2 bilhões a partir de 2019

Uma das prioridades é o segmento de linhas de transmissão

Maria Cristina Frias

A EDP, empresa de energia com ativos de geração, distribuição e linhas de transmissão a construir, vai dobrar o valor que costuma investir por ano e chegar a R$ 2 bilhões a cada período, segundo o diretor-executivo Miguel Setas.

“Até o fim de 2018, deveremos fazer aportes de R$ 1,4 bilhão, 40% a mais que a média histórica. A partir de 2019, serão mais de R$ 2 bilhões.”

 

A expectativa é que a receita também seja multiplicada por dois entre 2017 e 2020.

Uma parte dos novos rendimentos virá de um segmento novo: linhas de transmissão. 

“O setor não nos gera nada hoje, mas deverá representar 20% do negócio em 2021.”

A empresa tem dois projetos já em andamento, um no Espírito Santo e outro em Santa Catarina, em fase de licenciamento. Poderá haver ainda outras linhas, segundo Setas.

“Há um leilão de transmissão marcado para o fim deste ano. A competição no setor hoje é intensa, mas nós vamos dar lances pelos lotes.”

O mercado tarifado, de consumidores comuns de luz, é outro cuja receita deve crescer.

“Reforçamos as distribuidoras, organizamos as redes, há mais automação e as tarifas serão revistas pela Aneel (agência de regulamentação).”

O executivo diz defender a ampliação do número de térmicas a gás natural para evitar que o risco hidrológico no Nordeste possa afetar preços.

“Deve vir um estudo da EPE (Empresa de Pesquisas Energéticas), mas é preciso subir em pelo menos 5 mil MW a potência instalada”, afirma.

Atualmente, essa fonte tem 12,6 mil MW de potência.


“Quando falta água e o preço estiver no topo, esse é o momento em que uma térmica a gás natural vai fazer sentido"
Miguel Setas, CEO da EDP

 

Evento do Folha Top of Mind celebra as marcas mais conhecidas do país

Cerca de 1.500 pessoas se reuniram no Tom Brasil na última terça-feira (30) para a premiação da 28ª edição do Folha Top of Mind.

Representantes das empresas e suas equipes de marketing se revezaram no palco para receber das mãos dos apresentadores Denise Fraga e Gabriel Braga Nunes as estátuas dos prêmios. 

A torcida da Gol, da categoria de companhia aérea, foi uma das mais efusivas.

A empresa levou o prêmio sozinha pela primeira vez—no ano passado, ela dividiu o primeiro lugar com uma concorrente, diz o diretor de marketing Maurício Parise.

“Foi uma celebração de um trabalho que começou em 2015, quando o setor vivia um desafio. A Gol precisava estar reposicionada para o momento em que a crise econômica passasse, e o prêmio marca que isso foi atingido.”

Outra vencedora que levou o Top of Mind depois de um período de crise foi a BR Distribuidora, da Petrobras.

Com a paralisação dos caminhoneiros e a discussão sobre os preços dos combustíveis, ela passou a fazer uma comunicação mais dirigida ao cliente final, segundo Gustavo Ferro, gerente-executivo de comunicação da empresa.

“O Top of Mind é um indicador de algo que nós temos notado nos nossos acompanhamentos: o nível de conhecimento da marca aumentou.”

O Banco do Brasil venceu sua categoria, como em todas as edições desde 1992, mas a estratégia para permanecer como o nome mais lembrado foi adaptada, diz a diretora de marketing Karen Machado.

“Temos buscado uma diversificação entre a mídia impressa e online, além de ações de patrocínio ao vôlei e aos centros culturais do banco.”

O Extra, que dividiu com o Carrefour o prêmio de hipermercado, tem o desafio de fazer campanhas que reforcem a marca e, ao mesmo tempo, faça com que o cliente se movimente para ir a uma loja.

“Temos de atacar em todas as frentes”, diz a diretora Christiane Citrangulo.


““É um indicador de que o conhecimento da marca aumentou"
Gustavo Ferro, gerente-executivo de comunicação da BR Distribuidora

"Ser lembrado pelos clientes não é um detalhe, isso gera negócios"
Karen Machado, gerente-executiva do Banco do Brasil


Vencedores do Folha Top of Mind 2018

Top do top
Coca-Cola, Nike, Omo e Samsung

Marca que representa o Brasil
Petrobras

Top performance
Mercado Livre

Top inovação
Samsung

Top meio ambiente
Natura e Ypê

Masculino e feminino
Pirelli e Risqué

Finanças
Banco do Brasil, Bradesco Seguros, Caixa, Itaú, Porto Seguro e Visa

Saúde
Benegrip, Colgate, Dorflex, Jontex, Medley, Sundown e Unimed

Destaques regionais
Casas Bahia, Deline, Elefante, Piracanjuba e Primor

Alimentação
Danone, Elefante, Kellogg’s, Nescau, Nestlé, Ninho, Quaker, Qualy, Red Bull, Sadia, Sucrilhos, Vigor 
e Zero-Cal

Higiene & Beleza
Colgate, Monange, Risqué e Sempre Livre

Comunicação
Samsung, Sky e Vivo

Transporte
Correios, Fiat, Honda, Lubrax, Mercedes-Benz, Petrobras, Pirelli, Uber e Volkswagen

Eletroeletrônicos
Black&Decker, Brastemp, Consul, Lorenzetti e Samsung

Compras
Carrefour, Casas Bahia, Deca, Extra, Mercado Livre, Suvinil, Veja e Ypê

Turismo
CVC e Gol

Fonte: Datafolha

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

Erramos: o texto foi alterado

O Bradesco Seguros, e não o Bradesco, foi um dos vencedores na categoria Finanças do Folha Top of Mind 2018

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