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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Governo pode pedir ressarcimento por preço de remédios importados

Parte do setor farmacêutico esperava que a intenção fosse abandonada no governo Bolsonaro

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O Ministério da Saúde iniciou um levantamento dos preços de medicamentos importados para avaliar se cobrará ressarcimento de farmacêuticas e distribuidoras.

Em novembro do ano passado, a pasta solicitou à CMED (câmara que regula preço dos remédios) esclarecimentos sobre o valor máximo cobrado nos pedidos em que importações são feitas diretamente pelo governo.

Havia dúvida se o montante deveria incluir PIS e Cofins, o que encarece o produto. O órgão respondeu que o preço máximo a ser considerado exclui os tributos.

Produção de pílulas anticoncepcionais em São Paulo. - Eduardo Knapp - 8.mar.10/Folhapress

“O Ministério já iniciou o levantamento das compras realizadas anteriormente e, caso haja diferença nos valores dos medicamentos adquiridos, realizará os devidos pedidos para ressarcimento”, diz a pasta em nota.

Parte do setor farmacêutico esperava que a decisão fosse abandonada com as mudanças na equipe do novo governo, mas, por ora, a posição se mantém.

Algumas empresas estrangeiras das quais a União compra medicamentos têm um braço no Brasil, mas são pessoas jurídicas diferentes, segundo Pedro Bernardo, diretor da Interfarma (que representa farmacêuticas).

“Não se pode exigir que uma companhia que opera fora do Brasil seja submetida a regras brasileiras. Se [o ministério] quer as normas locais, tem que comprar aqui dentro”, afirma.

“Ainda não conversamos com o governo. Vamos procurá-los para entender o porquê dessa interpretação que, no nosso entendimento, está equivocada.”

 

Pintura na lataria

A fabricante de revestimentos e tintas para veículos e indústrias Axalta vai investir ao menos R$ 40 milhões em suas operações brasileiras neste ano. 

A maior parte do recurso será destinada a modernizações na planta da marca, em Guarulhos (SP), segundo o presidente da companhia no país, Mateus Aquino.

“Nossos aportes serão principalmente em inovações, como o crescimento do portfólio de tintas à base de água, e em equipamentos para aumentar nossa capacidade produtiva”, afirma.

Cerca de 60% da receita da operação provêm do setor automotivo. O restante é distribuído entre os mercados industrial (como o de tintas para eletrodomésticos de linha branca) e de repintura.

“Queremos crescer na área de insumos para funilaria e pintura, especialmente nos segmentos de baixo custo. Analisamos, ainda, adquirir um competidor”, diz ele.

R$ 500 milhões
é a receita anual aproximada no país

 

Céu de brigadeiro

O gasto do governo federal com passagens aéreas subiu 5% no ano passado, na comparação com 2017, e alcançou R$ 403,5 milhões. O número de voos, no entanto, foi 9% menor no período.

O preço médio pago pelas passagens teve alta de 15,7%, de acordo com dados do Portal Transparência.

A variação é menor que a inflação do item medida pelo IPCA do IBGE, que apontou um aumento de 16,92%.

Excluindo alimentos, que são mais voláteis, foi a terceira maior elevação de preços do ano passado, atrás de gás veicular (22,18%) e de aluguel de veículo, que subiu 36,81%.

Brasília é o principal destino nacional, mas, fora a capital, é o Rio de Janeiro a cidade para a qual foram emitidas mais passagens aéreas.

A viagem internacional mais comum foram os Estados Unidos, seguido da França e, em terceiro, Argentina.

 

Deixa embaixo do tapete

Cerca de 59% das multinacionais brasileiras investiram em companhias com problemas sérios de governança observados já no início das negociações, segundo os escritórios de advocacia Baker McKenzie e Trench Rossi Watanabe.

Quase metade (53%) dos executivos brasileiros diz ter receio em falar abertamente sobre o tema por temer a exposição de problemas. Foram entrevistadas cerca de mil empresas em sete mercados.

O número de companhias do Brasil que incluem equipes de governança no planejamento de aquisições, porém, é o mais alto do estudo: 57%.

“É preciso lembrar que esse nível de 57% não é bom, ainda é péssimo. A visão de que compliance bloqueia negócios é equivocada. Trata-se deu uma economia, não de um custo”, diz Heloísa Uelze, sócia do Trench Rossi Watanabe.

 

Sem... A Certisign, que fornece certificados digitais de segurança, planeja investir R$ 15 milhões infraestrutura e tecnologia neste ano.

...cabos Só em um produto que funciona em nuvem, sem dispositivos físicos, foram R$ 6 milhões. A estimativa é que o item represente 7% do faturamento anual, hoje de R$ 318 milhões.

Logística A interrupção da cadeia de suprimentos, como a causada por greves, por exemplo, é o maior risco aos negócios na América para 41% dos ouvidos pela AGCS. 

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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