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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Investimento estrangeiro em produção sobe mais de 23% em 2018

Acumulado entre janeiro e novembro foi o equivalente a R$ 293 bilhões

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O volume líquido de investimentos estrangeiros diretos no Brasil no ano passado ainda não foi divulgado pelo Banco Central, mas o valor ultrapassou os US$ 80 bilhões (R$ 302 bilhões) e é cerca de 23% maior que em 2017.

O acumulado entre janeiro e novembro foi de US$ 77,7 bilhões (R$ 293 bilhões).

Os dados de dezembro ainda não foram fechados, mas até o dia 19 daquele mês foi registrada uma entrada de US$ 6,1 bilhões (R$ 23 bilhões).

 

“O investimento estrangeiro direto está em uma trajetória de alta, e é um indicador de saúde financeira do país”, diz Eduardo Velho, economista-chefe da GO Associados.

A expectativa de aportes internacionais em produção para os próximos anos também tem melhorado nos últimos meses, segundo Velho.

A mediana das estimativas do Boletim Focus, do Banco Central, é que o valor será próximo do verificado em 2018, de cerca de US$ 80 bilhões (R$ 302 bilhões). 

“Se a reforma da Previdência não for aprovada logo, todos os prognósticos mudam”, afirma o economista.

Os estrangeiros farão aportes de acordo com o cálculo de qual será o crescimento, mas o momento em que os recursos de fato entrarão na economia estão também relacionados ao patamar de câmbio, segundo Thais Zara, da consultoria Rosenberg.

“Há consenso de que haverá reformas, mas existem incertezas sobre o ‘timing’ (andamento) delas, o que afeta o mês ou ano de entrada do investimento externo.”

A projeção dela para 2019 é de uma entrada de US$ 93 bilhões (R$ 350 bilhões).

 

Cade barra questionamento de concorrentes à venda da Abril

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) negou nesta quinta (24) o pedido de cinco editoras que querem figurar como parte interessada no processo de venda do grupo Abril a Fábio Carvalho.

Em seu despacho, o presidente do órgão, Alexandre Barreto, diz não ver nos argumentos das editoras Globo, Ediouro, Três, Panini e EBR “nexo de causalidade entre a operação e o aumento dos riscos concorrenciais.”

Com a decisão, a aprovação inicial à transação dada pela superintendência-geral do Cade fica referendada. Não cabe recurso, diz o conselho.

Ainda assim, as empresas pretendem reverter a aprovação, apurou a coluna.

A Abril e Carvalho consideram que a estratégia das editoras deverá ser a de tentar convencer conselheiros da autarquia a discordar da avaliação de Barreto, segundo uma pessoa familiarizada com o caso.

Isso teria de ser feito até a próxima sessão do Cade, agendada para 30 de janeiro.

Procurados, o escritório Lobo de Rizzo (representante das concorrentes), a Abril e Carvalho não se manifestaram.

 

R$ 300 milhões por um aval

A cooperativa agroindustrial C.Vale planeja investir R$ 300 milhões para expandir sua operação, segundo o presidente Alfredo Lang.

O valor precisará ser aprovado na assembleia geral com os associados, marcada para o dia 1º de fevereiro.

“A velocidade desse investimento, porém, vai depender das condições de juros e do prazo das linhas de financiamento. As taxas atuais dificultam muito a viabilidade”, afirma Lang.

Caso as condições sejam favoráveis, o aporte deverá ser feito ainda neste ano. As três principais áreas que deverão receber recursos são a de armazenamento de grãos, produção de peixes e de frangos.

Somente esta última deverá passar, até o fim de 2019, de uma capacidade diária de 540 mil abates para 600 mil.

R$ 8,5 bilhões
foi o faturamento em 2018

9.400
são os funcionários

 

Durável e em queda

O ano terminou com cerca de 4.000 vagas a menos na indústria calçadista, de acordo com a Abicalçados (associação do segmento).

A diminuição atinge principalmente o estado de São Paulo, segundo Heitor Klein, presidente da entidade.

“É uma região onde há forte concentração de produtores de sapatos masculinos, que são os mais duráveis e menos influenciados por modas. Por isso, é o primeiro subsetor a perder mercado e o último a se reerguer”, afirma.

No Ceará, onde os calçados são de plástico injetável, houve alta do número de vagas.

O setor como um todo perde trabalhadores desde 2013, segundo a associação. Naquele ano, cerca de 340 mil eram empregados na indústria, e hoje são menos de 290 mil.

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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