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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Liderado pelo Brasil, acordo com Canadá inclui questões de gênero e meio ambiente

Temas estão em capítulo sobre comércio inclusivo e foram adicionados pelos canadenses

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O acordo de livre comércio entre Canadá e Mercosul, em negociação desde o ano passado, deverá incluir regras para fomentar causas como igualdade entre gêneros, preservação do ambiente e boas condições de trabalho.

O Brasil é o líder informal do bloco sul-americano nas tratativas, e a posição do governo de Jair Bolsonaro sobre as cláusulas ainda é uma incógnita, segundo pessoas que participam do diálogo.

As questões estão em um capítulo que trata de comércio inclusivo e foram adicionadas pelos canadenses nas etapas preliminares da conversa, de acordo com um integrante do Itamaraty.

Como não há punições definidas em caso de não cumprimento das regras —apenas benefícios que serão concedidos para quem o fizer—, não se cogita ainda que as conversas estejam ameaçadas, segundo o diplomata.

“É uma novidade em acordos comerciais que reflete a forma de atuação e as preocupações canadenses atuais”, afirma Paulo de Castro Reis, diretor de relações institucionais da Câmara de Comércio Brasil-Canadá.

Temas ligados a ambiente e leis trabalhistas aparecem em negociações desde a década de 1990, mas a maior preocupação com participação feminina ou pequenas e médias empresas é mais recente, diz Diego Bonomo, da CNI (confederação da indústria).

Esse tipo de cláusula não costuma ser um obstáculo para as negociações multilaterais —os acordos em geral travam na hora de trocar reduções tarifárias, afirma Estevão Martins, professor da Universidade de Brasília.

 

Cruzeiro do Sul investe R$ 90 milhões e negocia novas aquisições

A Cruzeiro do Sul Educacional vai investir cerca de R$ 90 milhões em seu plano de expansão neste ano, segundo Fabio Figueiredo, sócio e diretor de planejamento do grupo.

O valor não inclui eventuais aquisições. No ano passado, a empresa incorporou três instituições à rede (duas no Rio Grande do Sul e uma na Paraíba). São dez ao todo hoje.

“Abriremos um campus na zona sul de São Paulo no segundo semestre”, afirma Figueiredo. A reforma do prédio demandará R$ 8 milhões. “Estudamos ainda mais três imóveis em São Paulo e Brasília.”

A marca também vai ampliar em 5.300 m² uma unidade na capital em 2019. Serão destinados R$ 23 milhões à obra.

A empresa aplicará ainda R$ 60 milhões na manutenção dos campi, na compra de equipamentos e na atualização do acervo.

O grupo, que pretende crescer 15% em 2019, continua interessado em aquisições de concorrentes no ensino superior. Um de seus alvos é a Universidade Positivo.

“É um bom ativo, de forte presença regional. Estamos no páreo”, diz o executivo.

Procurada, a Positivo se diz “aberta a ouvir propostas.”

R$ 1,15 bilhão
foi o faturamento da Cruzeiro do Sul em 2018

250 mil
são os alunos atualmente

 

Caixa e outros bancos darão mais crédito, dizem incorporadores

Incorporadores de imóveis dizem acreditar que haverá mais competição entre os bancos e mais oferta de linhas de financiamento para moradia nos próximos anos impulsionada pela queda da Selic, a taxa básica de juros.

“O crédito para habitação vai melhorar porque as instituições financeiras receberão depósitos de poupança, que têm aplicação dirigida”, afirma Antonio Setin, da construtora que leva seu sobrenome.

A Caixa Econômica, que foi  líder nesse segmento, praticará juros de mercado, semelhantes às dos concorrentes privados, afirmou Pedro Guimarães em seu discurso de posse como presidente.

“A fala dele foi emocional, e não uma análise”, diz Setin.

“A Caixa sempre atuou com taxas iguais às dos demais. Se a captação de poupança for maior, o banco deverá ser mais agressivo na oferta de suas linhas, mas sem artificialidade”, diz Alexandre Frankel, diretor-executivo da Vitacon.

Mudanças nas regras de alienação fiduciária, feitas em 2017, deverão aumentar o interesse dos bancos em ofertar a linha de crédito, segundo Luiz Antônio França, presidente da Abrainc (associação de incorporadoras).

 

Corridas e entregas

A Wappa, dona do aplicativo de transporte homônimo, investirá R$ 35 milhões neste ano, segundo o diretor-executivo, Armindo Freitas.

Os recursos serão concentrados em tecnologia para os produtos da marca.

“Nosso negócio principal é a gestão de corridas de táxi para corporações. Neste ano, queremos crescer entre as pequenas empresas”, diz.

O atendimento a pessoas físicas, mais recente, é um dos que mais crescem. Hoje, são 1,5 milhão de usuários.

A empresa também possui um serviço de entregas, e passará a usar os taxistas em sua logística.

R$ 250 milhões
foi a receita em 2018

 

Em dia A inadimplência de pessoas físicas será de 4,89% neste mês, segundo projeção do Ibevar (de executivos do varejo). Se concretizada, a taxa seria 0,3 ponto percentual inferior à registrada em janeiro de 2018.

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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