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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Petrobras vende diesel abaixo de preço internacional

No Nordeste, o combustível importado foi em média R$ 0,13 mais caro que o produto da estatal

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A Petrobras vendeu diesel a preços abaixo dos parâmetros internacionais nos primeiros 22 dias deste ano, segundo dados de uma entidade desse mercado.

Os valores de comercialização do barril e o de preço de paridade variam de acordo com a região do país. No Nordeste, o importado foi R$ 0,13 mais caro que o produto da Petrobras, na média.

Em outras partes do Brasil, a diferença foi menor, mas ainda assim inviabiliza a venda do diesel de fora, de acordo com um executivo que prefere não se identificar. 

Operário pinta tanque da Petrobras - Ueslei Marcelino - 30.set.15/Reuters

A expectativa de comercializadoras é que as referências internacionais norteiem a estratégia da estatal.

A Petrobras, em nota, reafirma os princípios da sua política de preços, que leva em conta o custo para vender, em diferentes pontos do país, combustível importado.

Para fazer o cálculo, a companhia estima como é a equação de precificação dos concorrentes que não refinam petróleo no Brasil.

Os valores reais do diesel de fora variam conforme características de cada importadora, como a infraestrutura logística e escala, segundo a empresa brasileira. 

“Desta forma, é importante reforçar que o PPI (preço de referência) não é um valor absoluto, único e percebido da mesma maneira por todos os agentes”, afirma a estatal.

A Petrobras flexibilizou as remarcações de preços para eliminar volatilidade, mas aproveita para comercializar o barril mais barato que os importadores, de acordo com um analista.

A tática deve ter limites para não destruir valores dos acionistas, de acordo com ele.

 

Na cidade de São Paulo, criação de vagas para mulheres foi maior em 2018

O saldo de novas vagas para mulheres na cidade de São Paulo foi quase duas vezes maior que o de postos abertos para homens em 2018, de acordo com a Secretaria de Previdência e Trabalho.

A capital paulista teve um desempenho inverso ao do resto do país, em que foi registrado 1,6 emprego masculino para cada feminino.

Os serviços lideram a criação de vagas em regiões densas, que passaram por um processo de desindustrialização, como São Paulo, diz Wolnei Ferreira, diretor da ABRH-Brasil (Associação Brasileira de RH).

“O saldo na cidade foi muito favorável no ano passado, a reação foi mais forte que no resto do país, e foi especialmente significativo em segmentos como o comércio.”

No agregado nacional, é natural que se tenha aberto mais postos masculinos, pois as mulheres sofrem com informalidade, diz Bruno Ottoni, pesquisador associado do FGV IBRE e Idados.

“Os homens já têm mais inserção no mercado e isso dá a eles vantagem na hora de encontrar um posto com carteira assinada.”

 

Supermercado em obras

O grupo varejista Zaragoza vai investir cerca de R$ 250 milhões em seu plano de expansão, segundo o presidente da empresa, Cléber Gomez.

A companhia, que administra as bandeiras Spani Atacadista e Villa Real Supermercados, pretende abrir ao menos seis unidades em 2019.

“Fizemos aportes menores que o previsto inicialmente em 2018. Aplicamos R$ 80 milhões em equipamentos e obras e inauguramos uma loja, no Butantã”, diz o executivo.

Cinco das inaugurações previstas são da bandeira atacadista, e duas delas estão em fase avançada de licenciamento, segundo Gomez. O grupo toca atualmente as obras de um supermercado em São José dos Campos (SP).

“Para o Spani, temos olhado, além da capital paulista e da Grande São Paulo, regiões no interior. Cada unidade será instalada em imóveis com pelo menos 8.000 metros quadrados de área”, afirma.

A projeção da empresa é bater os R$ 3 bilhões de receita neste ano.

R$ 2,5 bilhões
foi o faturamento do grupo no ano passado

30
são as unidades do grupo

4.100
são os funcionários

 

Salto confiante

O nível de otimismo dos empresários brasileiros com a economia no fim de 2018 foi o quinto mais alto do mundo, segundo a consultoria Grant Thornton, que ouviu 5.000 executivos em 35 países.

No Brasil, 2 em cada 3 (66%) respondentes disseram estar animados. Um semestre antes, o índice era de 28%. O país só ficou atrás de Irlanda, Finlândia, Nova Zelândia e Índia.

Também dois terços dos brasileiros afirmaram ter intenção de aumentar a oferta de empregos, e cerca de 47% disseram que pretendem investir em novas instalações.

“Pelo que conversamos com os fundos de private equity e as empresas, a vontade de começar a fazer aquisições e ampliações já é uma realidade”, afirma Daniel Maranhão, sócio da Grant Thornton no país.

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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