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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Proposta de baixar taxa para importar máquinas opõe produtores e compradores

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As entidades que representam os importadores de máquinas e os fabricantes nacionais afirmam que tentarão modificar o plano de diminuição de alíquota de importação dos produtos.

Em acerto com a nova gestão, o ex-ministro da Fazenda Eduardo Guardia, na última reunião de 2018 da Camex (órgão interministerial responsável pelas decisões sobre as taxas de importação) propôs reduzir a alíquota de 14% que incide atualmente sobre bens de capital e de informática para 4% em quatro anos.

A mudança ainda precisa ser votada, o que deverá ocorrer de forma eletrônica.

“Pleiteamos a alteração faz muito tempo, mas deveria acontecer mais rapidamente; o efeito dela em quatro anos será fraco”, diz Paulo Castelo Branco, da Abimei (associação de importadores).

 

O governo reverá o prazo, segundo ele, por ser favorável ao fim de protecionismos.

Fabricantes de máquinas no país, porém, dizem que a abertura deveria ser condicionada a mudanças em tributos e impostos de outros setores.

A política pode até ser em quatro anos, desde que acompanhada por melhora da competitividade, segundo José Velloso, presidente da Abimaq (associação da indústria).

“O Paulo Guedes (ministro da Economia) deixou claro no discurso de posse que o empresário brasileiro tem uma bola de ferro amarrada aos pés e que assim não é possível concorrer com os chineses.”

 

Orçamento de fundação ligada a desastre de Mariana sobe 35%

A Renova, fundação mantida pelas controladoras da mineradora Samarco, BHP Billiton e Vale, para indenizar afetados pelo desastre de Mariana (MG) e gerir as ações de reparação, terá orçamento de R$ 2,94 bilhões neste ano.

O montante é 35% mais alto que o do ano passado.

“É a hora das indenizações mais complicadas, e o maior valor vai para elas. Em 2018, o trabalho mais intenso foi para identificar os futuros beneficiados”, diz o presidente Roberto Waack.

O desembolso será de R$ 1,1 bilhão para auxílios como os pagos a pescadores que não podem retornar ao trabalho e outros ressarcimentos.

“Identificaremos, com ajuda da comunidade, pescadores não formalizados que devem receber compensação”, diz a diretora de planejamento da Renova, Cynthia Hobbs. Com isso, espera-se identificar eventuais casos de fraude.

Outros R$ 235 milhões serão destinados a obras dos reassentamentos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, em Mariana (MG), e de Gesteira, em Barra Longa (MG).

 

Energia em abertura

A primeira ampliação do mercado livre de energia (aquele em que grandes consumidores podem escolher de quem comprar) deverá fazer com que mais empresas entrem nesse ambiente, segundo agentes do segmento.

A partir de julho, companhias que usam pelo menos 2.500 kW terão a opção de decidir de quem adquirir, não importa o tipo de fonte.

Pela regra atual, a faixa entre 500 kW e 3.000 kW só é atendida pelas renováveis.

“Há cerca de 1.200 consumidores que estão no mercado cativo e terão a possibilidade de migrar”, afirma Rui Altieri, presidente do conselho da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

Clientes que passarem a ser livres abrirão espaço para que o lastro de energia incentivada seja ofertada a outros, de menor consumo, o que fortalece a migração, segundo ele.

“O próximo passo deverá ser diminuir a carga mínima obrigatória para as renováveis”, diz Thais Prandini, da consultoria Thymos.

 

Mais códigos de barras

A intenção de lançar produtos na indústria, medida pelos pedidos de novos códigos de barras, subiu 18,1% em 2018, segundo a GS1 Brasil, responsável pelos registros.

Houve crescimento em todas as regiões e segmentos monitorados, de acordo com Marina Pereira, gerente de pesquisa da associação.

“Tivemos uma recuperação gradual ao longo do último ano, o que demonstra uma maior confiança da indústria. Entendemos que o índice tende a ser positivo em 2019.”

O maior aquecimento ocorreu na área têxtil, que teve alta de 52,8% nas solicitações após uma retração de quase 15% no ano anterior.

“É algo que deverá influenciar o desempenho do setor próximo ano, ainda que essa retomada não tenha se refletido em produção [que em 2018 caiu cerca de 2%, segundo a entidade setorial Abit]”, afirma Pereira.

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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