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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Supermercados terão custos com novo Ceagesp, mas dizem que é preciso mudar

Transferência do centro de abastecimento é avaliada pelo governador João Doria

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São Paulo

Os caminhões dos supermercados terão que fazer trajetos mais longos se a Ceagesp (companhia de entrepostos) mudar de local, mas os empresários dizem entender que é preciso trocar mesmo assim.

A central fica em área de trânsito difícil, e o prédio está degradado, segundo eles.

O governador João Doria, ao sair de um encontro com Jair Bolsonaro na quinta-feira (10), afirmou que discutiu o tema do centro de abastecimento com o presidente.

 
Trabalhadores do Ceagesp descarregam caixas de hortaliças no Ceagesp
Centro de abastecimento fica localizado na zona oeste da capital paulista - Rivaldo Gomes/Folhapress

A Ceagesp fica na Vila Leopoldina, na região oeste de São Paulo, e é administrada pelo governo federal.

“Há restrições às operações, como a lei do silêncio durante a noite e a restrição ao tráfego de caminhões durante o dia”, diz Carlos Correa, superintendente da Apas (Associação Paulista de Supermercados).

Se for construído um centro moderno e houver infraestrutura no entorno, os custos gerados decorrentes de trajetos mais longos serão compensados, segundo ele.

“A retirada da central da zona oeste vai impactar nossos gastos, mas achamos essa mudança interessante”, afirma Helio Freddi, gerente da Hirota Food Express —o supermercado tem um posto dentro da Ceagesp.

Parte dos vendedores que atuam lá preferem que o entreposto fique onde está, diz Hilton Piquera, diretor de um sindicato de comerciantes. “O prédio foi sucateado e precisa de uma revitalização, mas a localização é boa.”

 

 

Consolidação renal

A rede de clínicas para tratamentos renais DaVita, de origem americana, planeja investir aproximadamente R$ 180 milhões em sua operação brasileira em 2019.

A companhia, que adquiriu na última quinta-feira (10) a Nefrolog, de Santo André (SP), continuará a comprar concorrentes neste ano, segundo o diretor-executivo, Bruno Haddad.

“Queremos aumentar entre 40% e 50% o número de pontos em nossa rede de atendimento. A estratégia está atrelada a compras, mas também haverá expansão orgânica”, afirma. 

A DaVita tem hoje 35 unidades no país, 11 em São Paulo. A maioria dos pacientes é atendida por meio do SUS.

A empresa gerencia atualmente obras em Recife e em Salvador, e planeja construir neste ano dois centros na região metropolitana de São Paulo e um no Rio de Janeiro.

O plano da companhia é aumentar as operações principalmente em capitais como Natal, Curitiba e Florianópolis. “Só não olhamos o Norte por questões logísticas.”

US$ 8,58 bilhões
foi a receita global da marca entre jan. e set. de 2018

 

Após recorde, exportação brasileira de armas recua 28%

As exportações de armamentos e munições brasileiros caíram 28% no ano passado, segundo dados do Ministério da Economia.

As vendas do segmento ao exterior somaram US$342,81 milhões (R$ 1,27 bilhão no câmbio atual) em 2018. O ano de 2017 registrou o recorde histórico do setor.

A maior queda, de 55,4%, se deu na categoria de cartuchos para espingardas e carabinas de cano liso, tradicionalmente a que concentra as principais vendas da indústria nacional de defesa.

A projeção de especialistas é de que esses resultados melhorarão em 2019 devido à Política Nacional de Exportação e Importação de Produtos de Defesa, sancionada pelo ex-presidente Temer em dezembro do ano passado.

“O decreto está pendente de regulamentação, mas busca atrair investimento estrangeiro para o Brasil. A ideia é que o país seja um polo para desenvolvimento de serviços e produtos”, diz Vera Kanas, sócia do TozziniFreire.

“É uma atualização da regulação da área e facilita a exportação. A tendência no governo Bolsonaro é que haja mais flexibilidade, rapidez e agilidade nos processos burocráticos [do setor]”, diz Rabih Nasser, da FGV Direito.

 

Habitação

A incorporadora Planet Holding usará parte dos € 34 milhões (equivalente a R$ 144,73 no câmbio atual) que recebeu de aporte em dezembro para financiar sua expansão no Brasil.

O primeiro empreendimento da companhia no país está em construção em São Gonçalo do Amarante (CE). É um bairro planejado com equipamentos conectados à internet (chamado de ‘cidade inteligente’).

“É um projeto de 330 hectares, dos quais 90 já foram construídos. Lançaremos em fevereiro algo similar na região de Natal, de 170 hectares. Serão ao menos 4.000 casas”, diz Susanna Marchionni, CEO da marca no país.

As unidades habitacionais têm preços que variam entre R$ 95 mil e R$ 145 mil.

A empresa pretende lançar ainda mais dois projetos no Brasil neste ano. Os recursos serão usados para compra de terreno e obras.

 

De olho nos galpões

A gestora de investimentos Vinci Partners adquiriu, por R$ 76,9 milhões, um galpão de 26,7 mil metros quadrados localizado em Extrema (MG). O espaço é totalmente alugado pelo ecommerce Privalia.

Será o segundo empreendimento incorporado pelo fundo de investimento especializado em ativos logísticos da companhia. O imóvel foi vendido pela Fulwood, assim como o anterior, em dezembro.

A companhia ainda avalia adquirir outros condomínios em mercados maduros como São Paulo, Rio e Paraná.

“Temos 3 ou 4 ativos no nosso radar, mas, ao mesmo tempo, já pensamos em novas alternativas de captação”, diz Leandro Bousquet, sócio da Vinci.

R$ 23 bilhões
é o volume de recursos sob gestão

206
são os fundos

13 mil m²
é a área bruta locável aproximada nos fundos imobiliários

 

Agora vai A Comissão de Valores Mobiliários concedeu à farmacêutica Blau o registro de companhia aberta na última sexta (11). A etapa é necessária para que seja feito uma oferta pública de ações, que já esteve nos planos da empresa.

 

 

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