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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Anvisa define regras para terceirização no setor farmacêutico

Após idas e vindas, agência passa a permitir subcontratação para controle de qualidade

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São Paulo

Uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicada nesta semana autoriza a terceirização de alguns serviços de armazenamento e controle de qualidade de medicamentos.

Uma norma sobre o tema já havia sido publicada em junho de 2018, mas foi classificada pelo setor farmacêutico como ampla demais e permissiva em relação à fiscalização.

Ela deixava aberta, por exemplo, a possibilidade de empresa em outro país fiscalizar a qualidade dos remédios brasileiros.

Depois, em dezembro, a autarquia publicou novas regras, dessa vez consideradas excessivamente rigorosas.

Mão de um funcionário do Hospital das Clínicas de São Paulo manuseia comprimidos de um medicamento
Após liberar terceirização em junho de 2018, Anvisa alterou as normas em dezembro e, agora, volta a permitir subcontratação - Zé Carlos Barretta/Folhapress

O texto mais recente estabelece que fabricantes e importadores podem contratar outras empresas, desde que sigam alguns requisitos, como a obrigatoriedade de estar no Brasil e de ter fábrica própria.

Na prática, a medida pode impedir uma maior participação de estrangeiros e de laboratórios que não são do ramo.

As imposições garantem que todas as normas da Anvisa serão seguidas, diz Nelson Mussolini, do Sindusfarma (sindicato da indústria).

“O controle de qualidade das fábricas do país é fiscalizado ao obter o Certificado de Boas Práticas de Fabricação.”

Para o setor, a discussão está encerrada, mas ainda há insegurança, diz Henrique Frizzo, do Trench Rossi Watanabe.

“Dois artigos da resolução original foram suspensos até que se regulamente o credenciamento de laboratórios, então podem voltar a ser discutidos.”

 

Olhar para o interior

A Ser Educacional, que administra quatro marcas de ensino superior, vai abrir cinco operações presenciais no país neste ano, segundo o presidente da companhia, Jânyo Diniz.

“As novas unidades serão instaladas em capitais das regiões Centro-Oeste e Norte do país. Nossos investimentos deverão manter o nosso ritmo histórico, de 6% da receita”, afirma o executivo.

A empresa busca formas de depender menos do Fies (financiamento estudantil) e tem no ensino a distância uma das principais estratégias para o crescimento.

“Na análise sobre onde abrir polos, priorizamos cidades do interior que tenham carência de formação de mão de obra qualificada, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte”, afirma.

“Também aumentamos a oferta de cursos de especialização em ciências humanas e engenharia.”

R$ 1,36 bilhão
foi a receita em 2018 até o 3º tri

 

Condomínio em dia

O número de ações movidas na Justiça por falta de pagamento de taxas de condomínio em São Paulo caiu 23,8% em janeiro de 2019, na comparação com o mesmo mês de do ano passado.

O indicador recuou 34,3% em relação a dezembro. Os dados são do Secovi-SP (sindicato da habitação).

Foram 524 processos movidos, menor resultado desde janeiro de 2017. No acumulado em 12 meses, a redução é de 20,8%.

“É normal haver recuo no início do ano porque muitos pagam dívidas com o 13º salário, mas a queda acentuada sinaliza maior equilíbrio nas finanças dos condôminos”, diz Hubert Gebara, vice-presidente da entidade.

A tendência entre os devedores, segundo ele, é buscar acordos extrajudiciais para evitar eventuais protestos dos condomínios.

 

Terra de Anchieta

O PIB (Produto Interno Bruto) de São Paulo cresceu 1,6% em 2018, de acordo com a Fundação Seade, vinculada à Secretaria de Governo.

Os serviços impulsionaram a economia do estado, tiveram uma alta de 1,8%.

A indústria geral cresceu 0,9% —dentro desse setor, o segmento de indústria da transformação subiu 1,2%.

A projeção da entidade para o PIB de 2019 é de um desempenho parecido, mas pior com o do ano passado: 1,3%.

O resultado brasileiro deve ser divulgado pelo IBGE nesta quinta (28). Até o terceiro trimestre, a alta era de 1,1%.

 

Sem nome sujo na praça

O número de brasileiros que limparam o nome no acumulado de 12 meses até janeiro de 2019 subiu 11,5% em relação ao período anterior, segundo o SPC Brasil e a CNDL (confederação de dirigentes lojistas).

A última vez que a variação havia sido positiva foi em 2015. “O volume de gente que entra na base se torna inadimplente, porém, ainda é maior que o de quem sai”, diz Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC.

 

Ponto de vista

Oito em cada dez empresários fluminenses afirmam estar confiantes ou muito confiantes com a economia brasileira nos próximos meses, segundo a Fecomercio RJ (federação do comércio).

Em relação à conjuntura estadual, os otimistas somam 76,5%.

Quanto aos preços, cerca de 40% dos ouvidos pela entidade acreditam que haverá estabilidade, e 32%, que vão recuar.

O levantamento é o primeiro de uma nova série e será realizado mensalmente, segundo o economista-chefe da entidade, João Gomes.

 

Pacote O Cade negou nesta quarta (27) o recurso do sindicato das transportadoras contra o acordo do órgão com os Correios. A entidade pode ir à Justiça.

Ecommerce Cerca de 920 mil lojas online foram abertas em janeiro, 11,13% a mais que em dezembro, segundo o PayPal e a BigData Corp.

 

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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