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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Companhias aéreas podem ir à Justiça contra sociedade entre Correios e Azul

Transação foi aprovada pelo Cade, por unanimidade, nesta quarta (13)

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Ao menos duas companhias aéreas estudam maneiras de anular a criação de uma joint venture entre Correios e Azul para a entrega de cargas.

A operação foi aprovada pelo Cade, por unanimidade, nesta quarta-feira (13).

Latam e Avianca Brasil haviam questionado a formação da sociedade no órgão antitruste.

Avião da companhia aérea Azul pousa na pista do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. - Amanda Perobelli - 7.mai.17/UOL

Ambas estudam a possibilidade de se somarem a um órgão do TCU (Tribunal de Contas da União) e à Gol, que contestam no próprio tribunal a transação, de acordo com pessoas familiarizadas com o caso.

A ação mais antiga tramita desde 2018 e seria analisada pelo plenário nesta quarta (12), mas o ministro Bruno Dantas pediu vistas. A Avianca cogita recorrer à Justiça comum, caso o TCU aprove a joint venture, apurou a coluna.

As companhias argumentam que a estatal não as consultou sobre a possibilidade de buscar associação com empresas privadas e questionam os critérios usados na escolha da Azul.

Uma concorrente alega que a aérea não teria a expertise nem capacidade operacional para atender à demanda dos Correios, mas controlará a sociedade, o que  não faria sentido econômico, diz um executivo da empresa.

A decisão do Cade não levou em conta os efeitos problemáticos sobre o mercado, especialmente depois da recuperação judicial da Avianca, quarta maior do mercado, de acordo com ele.

A Azul afirmou em nota que vai aguardar a decisão do tribunal para que a sociedade, que ainda não tem nome, entre em operação.

Procuradas, Avianca Brasil, Correios, Gol e Latam não se manifestaram.

 

Agência da internet poderá fazer auditoria em empresas

Um artigo da lei que cria a agência de proteção de dados dá a ela a autoridade para fazer auditorias em empresas que não abrirem aos usuários os critérios de classificação de perfil.

Uma consultoria de crédito que não explicar suas equações aos clientes estará sujeita à auditoria, por exemplo.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) se movimentou no Congresso para eliminar o parágrafo.

“A lei deveria prever sanções que não colocam em risco os segredos das empresas”, diz João Gonçalves, gerente da entidade.

O senador Irajá Abreu (PSD-TO)  apresentou uma emenda para eliminar o artigo. “Até que ponto a autoridade terá acesso a dados? Acho isso perigoso.”

A auditoria pode respeitar as questões corporativas sensíveis, diz Francisco Cruz, do Internetlab. “A lei já tem artigos que garantem o sigilo industrial e comercial.”

 

Interesse após sinistro

Tragédias como o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) ou o incêndio no centro de treinamento do Flamengo no Rio aumentam o interesse por seguros de vida, mas isso não necessariamente se converte em contratação.

O mercado tem potencial para crescer, mas esbarra em uma característica cultural do brasileiro, que não faz planos de longo prazo segundo Jorge Nasser, presidente da Fenaprevi (federação setorial) e do Bradesco Vida e Previdência.

O volume de prêmios do setor subiu 9,4% no ano passado e chegou a R$ 41,4 bilhões.

“O ano de 2019 deverá ter uma manutenção do crescimento dos seguros de vida, sobretudo no prestamista [proteção para evitar inadimplência nos casos de morte, invalidez ou desemprego]”, diz Nasser.

“A penetração do produto em financiamentos ainda é pequena, equivale a cerca de 50% a 55% do crédito tomado.”

 

Comando e resposta

Entre os brasileiros que compram pela internet, 60% também usam o comando de voz (presente em assistentes virtuais como Siri, da Apple) para interagir com smartphones ou outros aparelhos, segundo a consultoria Accenture.

Há uma tendência de as pessoas abrirem menos os aplicativos e executarem serviços pela fala, diz David Dias, diretor da Accenture Technology.

As próximas aquisições de aparelhos tecnológicos desses consumidores tendem a ser das mesmas marcas daquela do gadget que atende o comando de voz, diz o executivo.

 

Semente da... A One Investimentos, um dos pivôs da disputa judicial entre BTG Pactual e XP, iniciada no fim do ano passado, vai abrir em março um escritório na capital paulista.

...discórdia O agente autônomo de investimentos tinha um acordo de exclusividade com a corretora, mas o contato foi rompido após uma aproximação da assessoria com o banco.

Corretora A rede americana de franquias imobiliárias Remax abrirá no Brasil unidades de sua marca de alto padrão. A primeira loja será aberta até maio em São Paulo.

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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