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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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JBS pretende questionar a CVM no Supremo para anular inquéritos

Marca entende que não pode ser punida com base em informações de acordos de leniência

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Advogados que representam controladores da JBS pretendem abrir um processo contra a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) no STF (Supremo Tribunal Federal).

 

A empresa entende que não pode ser punida em decorrência de informações que vieram à tona por meio dos acordos de leniência com o Ministério Público.

A comissão instaurou, no dia 28 de dezembro, três inquéritos administrativos para apurar possíveis irregularidades dos controladores da JBS.

Os três citam possível “inobservância dos deveres do acionista controlador” que foram tornadas públicas pela colaboração acertada com o Ministério Público.

Entre os processos abertos em dezembro, um pretende checar se os sócios violaram a lei das S.A.; outro, se houve desvios na Eldorado, a empresa de papel e celulose do grupo; e o terceiro vai investigar o não cumprimento de deveres fiduciários.

O grupo J&F, que controla a JBS, firmou acordo em junho de 2017, pelo qual se comprometeu a pagar R$ 10,3 bilhões.

Além disso, há quatro entendimentos de colaboração de delatores que são questionados judicialmente: os dos irmãos Joesley e Wesley Batista e de dois executivos.

A Procuradoria Geral da República quer anular o ato por entender que foi omitida a participação do ex-procurador Marcelo Miller na negociação.

Na última apresentação de resultado, no terceiro trimestre de 2018, a JBS tinha dívida de US$ 12,4 bilhões (R$ 46,2 bilhões, pela cotação atual).

 

Entidades brigam na Justiça para decidir quem representa escolas particulares

A Justiça decidiu impedir a Fenep (federação das escolas particulares) de representar nacionalmente a categoria.

A determinação foi dada a pedido da Confenen (confederação dos estabelecimentos de ensino), que disputa com a federação o papel de representante patronal do setor.

As duas instituições deverão participar de uma audiência no dia 18 de fevereiro para tentar resolver o imbróglio, segundo o despacho do juiz Ricardo Lourenço Filho.

“A federação, que se chamava Fiep, pediu, em 2010, para ampliar sua base de atuação, circunscrita a Amazonas e Distrito Federal. Recorremos porque isso viola a unicidade sindical”, diz Ricardo Albuquerque, advogado da Confenen.

“O pedido foi arquivado pela Secretaria das Relações de Trabalho em 2015 sem ter o mérito analisado, mas em 2016 o mesmo órgão concedeu a mudança no registro da Fenep, o que é irregular”, afirma.

O Ministério do Trabalho suspendeu a decisão em novembro de 2018 em meio à Operação Registro Espúrio, que investiga fraudes na pasta.

“Recorreremos da decisão. A Confenen não representa o setor”, afirma Ademar Baptista, presidente da Fenep. 

“Moveremos ainda uma ação contra o Estado. Não há motivo para cassar o ato ministerial”, diz ele.

 

Sem resposta Procurado para comentar a revogação das alterações feitas no cadastro sindical da Fenep, o Ministério da Justiça, responsável pela área no governo Bolsonaro, não se manifestou.

 

Estoque de queijo

Quase um ano após vender 49% de sua operação para a multinacional fabricante de batata congelada McCain, a brasileira Forno de Minas planeja ampliar sua estrutura para se blindar contra oscilações nos custos.

A companhia investirá quase R$ 50 milhões em uma nova planta, uma câmara fria e na ampliação do armazém de insumos como queijo e polvilho, que representam 70% do custo, segundo o presidente Helder Mendonça.

“Se tivermos boa capacidade de armazenagem, conseguimos ser mais estratégicos na compra de matérias-primas, de olho em momentos em que a oferta é maior, e os preços, melhores”, afirma.

Desde a transação, a empresa passou a exportar para a Colômbia e se prepara para entrar ainda neste ano no México e na Argentina.

A fabricante cresceu 5% em volume e 2% em receita em 2018 —abaixo do orçado inicialmente. Por esse motivo, está mais conservadora e tenta depender menos da conjuntura, diz Mendonça.

R$ 380 milhões
é o faturamento anual

 

Um empurrão

A ADVB (Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing) notou um salto de 45,2 pontos percentuais na sua pesquisa de confiança e expectativa na economia.

No terceiro trimestre, 35,7% dos entrevistados diziam estar otimistas com o futuro, índice que subiu para 80,9% no fim do ano passado.

A sondagem do setor é conduzida pela Fipe.

Os números acompanharam os desenvolvimentos políticos de 2018, de acordo com Latif Abrão Jr., presidente da entidade.

“O fator determinante foi esse: a confiança era mediana antes das eleições e aumentou depois delas.”

A associação faz a pesquisa entre os diretores de marketing de empresas de diferentes segmentos, e, por isso, a boa vontade com a economia permeia a indústria, o agronegócio, serviços e comércio, segundo Abrão Jr..

 

Aniversário A CCEE, câmara de comercialização de energia, completa 20 anos com 7.600 associadas— o negócio começou com 58 agentes. Cerca de R$ 1,6 bilhão são liquidados por mês.

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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