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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Cresce o número de empresas que atrasa a entrega de documentos contábeis

O número de multas aplicadas a quem entregou informações fora do prazo subiu 34% em 2018

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São Paulo

O número de multas aplicadas a empresas que entregaram informações à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) fora do prazo subiu 34% no ano passado e chegou a 376.

As penalidades são impostas quando há atrasos em documentos como as demonstrações financeiras e os balanços de resultados.

Antes de enviar essas informações, as companhias precisam submetê-las a auditorias independentes que atestam a precisão dos dados.

Bolsa de valores de São Paulo
Penalidades são impostas a empresas quando há atrasos em documentos como as demonstrações financeiras - Diego Padgurschi -9.mai.15/Folhapress

As regras sobre como devem ser os cálculos de precificação de ativos têm evoluído e as empresas demoram para se adaptar, segundo um auditor de uma das quatro maiores desse setor.

Outra razão foi a crise, que mudou parâmetros de preços de bens, de acordo com ele.

O atraso também é prejudicial à credibilidade entre os investidores e acionistas.

O tempo entre a entrega dos documentos, sabidamente com atraso, e a notificação da multa demorou cerca de um ano, segundo o diretor de relações com investidores de uma das empresas multadas.

Apesar de não ter expectativa de reversão da decisão, a companhia recorreu da penalidade, mas de fato o colegiado da CVM manteve o entendimento e o valor de R$ 110 mil.

A comissão também instaurou uma força-tarefa para, entre outros propósitos, reduzir o estoque de créditos dessas multas, que são chamadas de cominatórias.

O objetivo desse grupo criado na CVM é aumentar a arrecadação do órgão.

Durante o ano passado, inscreveram 33 mil créditos, um aumento de 333% em relação a 2017. Isso implicou uma soma de R$ 213 milhões.

 

Exportar que nem pão quente

A exportação de pães, massas, biscoitos e bolos industrializados cresceu 11% em volume no ano passado na comparação com 2017, segundo a Abimapi (associação do setor). 

Foram vendidos 71,7 milhões de quilos. Em faturamento, a alta foi de 6%.

Foi o terceiro ano consecutivo de evolução. A escalada do dólar ao longo de 2018 foi o fator que mais impulsionou a indústria nacional, de acordo com Rodrigo Iglesias, diretor da entidade.

“Nosso produto ficou mais competitivo no mercado internacional, ainda que tenhamos sofrido com o aumento do preço da farinha de trigo, que em grande parte é importada”, afirma o executivo.

“Registramos no ano passado um desempenho muito próximo ao observado em 2014, quando ainda tínhamos a Venezuela como um grande destino de exportações e uma maior participação da Angola.”

 

Uma linha no balanço, um avanço na locação

A mudança de um parâmetro contábil pode impactar o setor de terceirização de frotas em 2019, segundo locadoras.

A expectativa é que algumas empresas que não optavam pela modalidade se tornem clientes com a entrada em vigor de uma norma internacional que muda a forma como o aluguel é registrado em balanços financeiros.

Desde janeiro, a locação de veículos deixa de contar como despesa operacional e passa a ser considerada despesa financeira e depreciação.

A alteração influenciará no Ebitda (sigla para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

“Com a norma, veremos mais demanda no aluguel de frotas corporativas. Há muito espaço para crescimento no Brasil”, diz Renato Franklin, presidente da Movida. 

Em economias maduras, 70% das frotas são terceirizadas, enquanto no Brasil o número gira em torno de 15%, afirma o executivo.

Para a Localiza, cujo principal negócio é o aluguel de curta duração, a mudança deve gerar um impacto leve. 

“Não será nada dramático, mas pode influenciar quem deixava de alugar para não prejudicar o Ebitda.”

 

Pedale... Além do ramo de automóveis, a Movida tem apostado na locação de bicicletas elétricas para executivos e funcionários, segundo o presidente, Renato Franklin.

...se quiser A empresa tem hoje cerca de mil bicicletas na frota, com taxa de ocupação na casa de 70%. A iniciativa é fruto de um aporte da companhia em uma startup do segmento em 2018.

Gênero Mulheres brasileiras são 16% menos contratadas que seus pares homens quando se aplicam a uma mesma vaga de emprego, segundo a plataforma Linkedin.

 

ABC da compra

A Sonae Sierra Brasil, empresa dona de nove shopping centers no país e administradora de um décimo, vai investir R$ 26 milhões em sua unidade em São Bernardo do Campo (SP).

O dinheiro vai para obras de integração entre áreas externas e internas, para a criação de novos espaços para serviços e gastronomia e para novos espaços de convivência.

O plano é finalizar as reformas antes do Natal deste ano. A taxa de ocupação dos shoppings da empresa foi de 94,2% no terceiro trimestre do ano passado.

 

Consulta na baia

Problemas emocionais foram os que mais levaram funcionários a procurar programas de apoio em 2018, segundo a Optum, que fornece o serviço.

A empresa pertence ao grupo UnitedHealth, dono da Amil, e realizou cerca de 32 mil consultas a empregados de outras companhias que buscaram ajuda em questões ligadas a bem estar.

Cerca de 40% dos casos estavam ligados a males como depressão e ansiedade, afirma Luiz Barros e Silva, à frente da Optum no Brasil. As mulheres foram as que mais solicitaram ajuda: demandaram 55% dos atendimentos.

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Paula Soprana

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