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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Governo cancela teto mensal para FGTS na moradia popular

Limite foi para evitar que dinheiro de faixas subsidiadas acabassem antes do previsto

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O Ministério do Desenvolvimento Regional publicou, na semana passada, uma instrução normativa que acaba com o teto mensal para utilização do FGTS em financiamentos de moradia popular.

A limitação, instituída no fim de 2018, foi uma tentativa de evitar que o dinheiro destinado a faixas subsidiadas do Minha Casa, Minha Vida acabassem antes do previsto.

Conjunto habitacional Pau D'alho, em Guararema (SP), do Minha Casa Minha Vida - Danilo Verpa - 9.jan.19/Folhapres

O setor de construção criticava a medida por entender que o limite era insuficiente para dar conta da demanda represada, segundo José Carlos Martins, presidente da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

“Quando há cota mensal e novos projetos, o dinheiro já acaba lá pelo dia 15”, diz ele.

“Se não é possível antecipar o montante dos próximos meses, a liberação dos recursos funciona como gota d’água em uma chapa quente.”

Também havia dúvida quanto aos critérios na contratação, afirma Rodrigo Luna, vice-presidente do Secovi-SP (sindicato da habitação).

“Quem seria prioritário com a cota mensal? É praticamente impossível fazer isso nos moldes atuais do programa”, afirma o executivo.

Uma das alternativas adotadas desde então para evitar que os recursos acabem precocemente foi a redução do limite de renda familiar para o Minha Casa, Minha Vida.

“Temos convicção que o ajuste no subsídio fará efeito, mas, por outro lado, sabemos que à medida que houver uma retomada da economia, o consumo de capital será mais rápido”, diz Luna.

 

Pizza com as próprias mãos

A rede de fast-food Pizza Hut vai comprar unidades que hoje pertencem a franqueados, segundo Charles Martins, sócio da Multi QSR, dona da marca no Brasil.

A ação é parte do plano de ter até 30% das operações da rede sob controle direto e será complementar à abertura de lojas próprias.

O investimento previsto até 2020 é de R$ 75 milhões —pouco menos da metade deverá ser aportado ainda neste ano, afirma o executivo.

“Acabamos de comprar as primeiras sete franquias, que se somam às nossas três lojas. A ideia é que sejam 20 próprias até o fim deste ano”, diz ele.

“Temos olhado áreas com potencial alto, mas em que o franqueado por algum motivo escolhe não reinvestir. Em Sorocaba (SP) e Jundiaí (SP), por exemplo, cabem duas unidades, mas temos apenas uma.”

188
são as lojas da Pizza Hut em operação

 

Sanduíche frito

A rede de lanchonetes especializada em frango frito KFC  ai abrir ao menos 60 unidades no país neste ano, segundo o diretor-geral da marca, Ildefonso de Castro Deus.

A operação brasileira, que foi adquirida em 2018 pelo Sforza, gestora de fundo do empresário Carlos Wizard, deverá ter investimento de cerca de R$ 100 milhões em 2019, de acordo com o executivo. 

A maior parte das aberturas será concentrada em shoppings de capitais. A região metropolitana do Rio de Janeiro terá sete inaugurações. Curitiba, Porto Alegre e São Paulo também terão unidades novas.

Seis das operações serão próprias. Uma delas, a ser construída em Jundiaí, será no modelo de loja de rua. “Vamos observar se pode ser uma modalidade replicada em outros locais”, diz Castro Deus.

“O aporte médio para inaugurar um restaurante é de R$ 1,5 milhão, com a compra do ponto inclusa”, afirma.

58
são as unidades da rede

 

Otimismo para as compras

A intenção de consumo das famílias subiu 3,3% em fevereiro, de acordo com a FecomercioSP (federação do comércio). Na comparação anual, a alta é de 10,7%.

O índice chegou a 104,3 pontos no mês, em uma escala de 0 (maior pessimismo) a 200 (mais otimismo).

O emprego atual e a perspectiva profissional são as categorias da pesquisa em que os paulistas se mostram mais confiantes. 

O acesso ao crédito, que até janeiro tinha avaliação negativa dos consultados, passou a ser avaliado com maior satisfação. 

Cerca de 36% dos entrevistados pela federação consideraram mais fácil contrair empréstimos de longo prazo em fevereiro.

“Boa parte do resultado é efeito da lua de mel com o novo governo, e da perspectiva de a economia crescer mais rápido após a aprovação da Nova Previdência”, diz Guilherme Dietze, economista da entidade.

“Apesar do bom momento, as famílias ainda têm cautela para comprar bens duráveis. Isso só deverá melhorar com uma geração mais sólida de empregos.”

 

Primeiras intenções

A intenção de lançamento de produtos pela indústria, medida pelos pedidos de novos códigos de barras, subiu 4,9% em fevereiro em relação ao mês anterior, segundo a GS1 Brasil, responsável pelos pedidos.

A variação desconsidera efeitos sazonais. Na comparação com o mesmo mês de 2018, a alta foi de 19%, e a tendência é de novas elevações nos próximos meses, de acordo com a entidade.

A região Centro-Oeste registrou o maior crescimento, de 34,5%. A maior queda, de 20%, ocorreu no Norte.

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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