Nas minhas palestras sempre me perguntam: "Como é a vida sexual das mulheres mais velhas?". Busco responder classificando as respostas das mulheres que tenho pesquisado nos últimos anos.
Um primeiro grupo continua fazendo sexo. Elas sempre gostaram de sexo e procuram todos os recursos disponíveis no mercado para continuarem tendo prazer na cama.
Um segundo grupo não quer mais fazer sexo. Algumas usam a velhice como desculpa, mas a realidade é que elas acreditam que já cumpriram suas obrigações nesse departamento. Confessam que nunca tiveram muito prazer com seus parceiros.
Um terceiro grupo quer continuar tendo uma vida sexual, mas não com o atual parceiro. Neste caso, a questão que mais pesa não é a falta de libido, e sim a falta de desejo pelo marido. Algumas têm uma vida sexual ativa e prazerosa fora do casamento.
Ao contrário do que muitos pensam, observo que não há uma ruptura muito grande na vida sexual com o avanço da idade. O que parece ser mais determinante para o fim do desejo sexual é o fato de ter tido experiências pouco prazerosas com os parceiros e também o tempo de duração da relação.
Entrevistei mulheres mais velhas que, após o término de seus casamentos, encontraram relações amorosas e sexuais plenas e satisfatórias.
Uma atriz, de 67 anos, disse: "Eu estava vivendo um marasmo sexual com meu marido há mais de dez anos. Me separei e estou apaixonada por um homem bem mais jovem, transando todos os dias com o maior tesão. O que mais atrapalha a vida sexual é a obrigação de fazer sexo até morrer com a mesma pessoa. Todo mundo fica dando palpite sobre o que é certo e errado, normal e anormal, saudável e patológico. O sexo é consequência de uma vida verdadeira, amorosa e livre. O tempo mata o tesão de qualquer um".
Ela conclui: "Como é possível ter uma vida sexual gostosa se o casamento está uma merda?".
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