Recentemente uma notícia (ou fofoca?) teve grande repercussão na mídia, chegando a ser um dos assuntos mais comentados do Twitter:

“Maitê Proença vive romance com Adriana Calcanhotto”.

Segundo a revista Veja, a união de Maitê Proença, de 63 anos, e de Adriana Calcanhotto, de 55 anos, “já não é segredo para os mais íntimos. A atriz e a cantora têm ido juntas a jantares, encontros, e rodas de violão na casa dos amigos. Elas formam um casal e parecem bem felizes".

A Veja procurou Maitê que não quis falar sobre a relação. "Não sou muito de abrir a minha intimidade, prefiro preservar alguns assuntos”. Ela postou no Instagram: "Quando minhas intimidades são expostas, me recolho e rearrumo as paredes internas".

Por que tanto interesse nas intimidades de Maitê?

Um comentário nas redes sociais me chamou atenção:

“Apesar de ter 63 anos e ser avó, Maitê ainda gosta de sexo. Ela vivia reclamando da dificuldade de conseguir um novo amor. Falta homem no mercado? Será que é por falta de homem que a Maitê está namorando com uma mulher?”

Por que a relação amorosa entre duas mulheres teria que passar pela “falta” ou presença de homens? Além disso, em que momento passamos a usar o advérbio “ainda” para falar da sexualidade feminina? Quando as mulheres têm mais de 60 anos ou até mesmo antes?

As mulheres que tenho pesquisado falam que a verdadeira intimidade é uma forma profunda de escuta, comunicação e entrega amorosa. É uma “intimidade íntima”, que só acontece quando os amantes se despem das suas máscaras sociais.

Uma professora de 52 anos afirmou que só encontrou o verdadeiro amor com uma mulher. Ela nunca havia sido infiel no casamento de trinta anos, mas agora tem uma amante:

“É a primeira vez que transo com uma mulher, finalmente encontrei a intimidade que sempre desejei. Nunca me senti tão amada por um homem, nunca me senti tão escutada por um homem, nunca me senti tão feliz com um homem”.

Por que será que o amor e sexo entre mulheres ainda provoca tanta polêmica?