Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Eleições 2018

Ex-ministro diz que gestão do PSOL na UFRJ é uma das piores do país

Mendonça Filho diz que não há mea-culpa a ser feito no caso do incêndio do Museu Nacional

O ex-ministro Mendonça Filho
O ex-ministro Mendonça Filho - Pedro Ladeira/Folhapress

O ex-ministro Mendonça Filho (DEM-PE), que comandou o MEC (Ministério da Educação) de 2016 a abril deste ano, diz que não há mea-culpa a ser feito no caso do incêndio do Museu Nacional. E dispara contra a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que administra a instituição.

ALIANÇA 

“Ela é conhecida como uma das universidades mais mal geridas do país. É o modo ‘psolista’ de administrar”, diz Mendonça, referindo-se ao fato de dirigentes da instituição serem ligados ao PSOL “e também ao PSTU e ao PCdoB, a tríplice aliança da incompetência”.

MINHA PARTE 

Ele diz que sempre repassou “100% da verba de custeio para a universidade”, além de elevar “a liberação de recursos para investimento. Mas preferiram colocar dinheiro em eventos do MST”.

NADA  

O reitor da UFRJ, Roberto Leher, afirma ser “lamentável que o ex-ministro utilize o problema do incêndio no Museu Nacional para fins eleitorais. Mendonça Filho não fez nada para reverter o problema da queda de investimentos nas universidades federais, que foi muito acentuada em sua gestão”.

PAPO ZERO 

Ele afirma que o ex-ministro “não dialogava de maneira adequada com as universidades e não foi capaz sequer de responder aos ofícios institucionais da UFRJ”. Leher diz ainda lamentar que Mendonça “desconsidere a natureza republicana que a universidade estabelece com a equipe do atual ministro da Educação, que tem demonstrado estar à altura das responsabilidades” de um gestor da área.

SANTINHO 

Como Lula, Paulo Maluf (PP-SP) está preso —mas segue firme como cabo eleitoral. “Quem é Maluf vota Guilherme Ribeiro”, diz o material de propaganda do filho de Jesse Ribeiro, assessor do ex-deputado. Maluf diz num texto que não quer deixar “a eleição no desamparo”.

VOZES 

E a Frente Brasil Popular está organizando um Festival Lula Livre em SP. Já foram convidados artistas como João Bosco, Maria Gadú e Mano Brown. A ideia é fazer o show na av. Paulista no dia 16.


"UM ESCARRO NA CARA"

“O que vai restar desse país é cinza mesmo, se não melhorar isso daí”, afirmava o ator Othon Bastos após a exibição do filme “O Paciente”, em que ele interpreta Tancredo Neves, e que teve pré-estreia na segunda (3), no shopping Frei Caneca. 

 

O incêndio do Museu Nacional, um dia antes, era tema de quase todas as rodas. 

“Mais do que simbólico, é concreto, de um negócio derretendo, que é o sentimento da classe cultural brasileira”, dizia o diretor do longa, Sérgio Rezende. A sessão também teve a presença do artista Emanoel Araújo. 

 

“É morte anunciada. Isso acontece hoje porque ontem, anteontem, não foi feito o que deveria ser feito. Temos as mesmas histórias se repetindo sem parar”, avaliava a atriz Esther Góes, que na obra dá vida a Risoleta Neves. 

Para a produtora do filme, Mariza Leão, o fato de o incidente ter ocorrido na gestão de Michel Temer é simbólico. “É o governo que fez a PEC do teto de gastos, que corta investimentos na saúde, educação, cultura. Acho que Deus sabia que aquele prédio ia desabar. Aí ele pensou assim: não vou deixar isso acontecer em 2019. Vou deixar no governo Temer.”

 

O ator Leonardo Medeiros, que interpreta um dos médicos de Tancredo Neves, definia a tragédia do Museu Nacional como um “escarro na cara”.

 

Ele vê paralelo entre o filme e o momento atual do Brasil. “É o país do ‘e se’, né? E se [o Tancredo] tivesse sobrevivido? Seria outra coisa. E se tivessem instalado extintor de incêndio no museu? Ah, o dinheiro não chegou. É sempre assim. A gente está sempre a um fio de a coisa acontecer direito ou errado. E sempre vai para o errado. É impressionante. Desculpe o desabafo.” 


MEDÍOCRE 

O perfil de Paulo Guedes, economista de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), na revista “Piauí” descambou em briga pública. Questionado pela repórter Malu Gaspar se tinha mágoa dos colegas, ele respondeu: “Eu sei que eles dizem por aí que eu sou ressentido. Isso é coisa da Elena Landau [ex-diretora do BNDES na era FHC], que tomou pau na minha disciplina no mestrado. No meu curso, ela foi medíocre”.

PÉSSIMO 

Landau mostrou seu histórico escolar à jornalista para provar que, como diz, “isso nunca existiu, eu passei na disciplina dele! Paulo é que era um péssimo professor. Faltava às aulas, não corrigia os exercícios e depois queria aplicar as provas com o conteúdo dos exercícios que não tinha corrigido!”. 

LEIAM! 

Depois, na internet, a economista recomendou a leitura do perfil “para acabar logo com mais esse mito... ressentido, amargurado e mentiroso. Fora o delírio megalô”.

HISTÓRIA 

Dois móveis disputam o título histórico de mesa sobre a qual a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, em 1888. Uma está no Itamaraty, em Brasília. A outra, na casa de dom João Henrique de Orleans e Bragança, bisneto da princesa Isabel.

 

Ele quer doá-la para o Museu Nacional.

ERRADA 

“A mesa que eu tenho foi para o exílio [com a família real].” O príncipe cita uma pintura de Victor Meirelles de 1888, que retrata a assinatura da Lei Áurea, como prova de que a sua mesa é a verdadeira. No quadro, o móvel é redondo, como o seu —o de Brasília é retangular. “É a palavra da princesa Isabel contra a do Itamaraty”, diz.

LIVRO 

O Itamaraty afirma que a referência para apontar a sua mesa como a verdadeira é o livro “Palácio Itamaraty - Brasília - Rio de Janeiro” (1993). Diz, no entanto, que “funcionários antigos do ministério não corroboram a informação do livro”. E recomenda uma consulta ao Museu Imperial e ao Museu Histórico Nacional.

VIZINHANÇA 

A jornalista Maju Coutinho passará a apresentar o programa Papo de Almoço, da Rádio Globo, às quintas-feiras. Ela se junta ao time formado por Leo Jaime, Fernanda Gentil, Adriane Galisteu e Marcos Veras —a cada dia a atração tem um apresentador diferente.


VENTOS DE TEMPESTADE

O jornalista Bernardo Mello Franco lançou o livro “Mil Dias de Tormenta”, na Livraria da Vila da rua Fradique Coutinho, na terça (4). O  advogado José Luís de Oliveira Lima e o empresário e ex-vereador Andrea Matarazzo passaram por lá.


CURTO-CIRCUITO

A Mostra Sesc de Cinema anuncia na quinta (6) os 34 filmes selecionados para a edição deste ano. 

A artista plástica Mônica Nador recebe o Prêmio Montblanc de Cultura, na quinta (6), às 19h30, no hotel Unique. 

A cantora Josyara faz show de lançamento do disco “Mansa Fúria”. Na quinta (6), às 21h, no CCSP. 

Estreia hoje o espetáculo “Sessão de Risoterapia”, com texto e atuação de Nilton Rodrigues. Na quinta (6), às 22h30, no teatro Ruth Escobar. 

com  BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e VICTORIA AZEVEDO

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