“O retrato não é só a semelhança com o retratado. É o que o artista vê da pessoa. A alma dela”, diz o pintor Roberto Camasmie. Ele é o autor da obra em homenagem ao presidente Jair Bolsonaro exposta na vitrine de sua galeria, na esquina da rua Bela Cintra com a alameda Lorena, em São Paulo.
“Criei em cima do que estava sentindo. São três imagens [do presidente]. Uma em preto e branco, representando como o Brasil estava: atrapalhado, sem luz. Depois, uma com cores, para a transição do ano, refletindo o otimismo. Na terceira, a esperança”, conta o artista sobre a obra —feita com técnicas mistas e concluída em quatro dias.
As reações ao painel refletiram a polarização que marcou o período das eleições. “Houve polêmica. Algumas pessoas gostavam demais. Outras xingavam, atiravam coisas na vitrine [da galeria] ou rabiscavam bobagens.”
Antes de Bolsonaro, Lula e Dilma Rousseff também ganharam de Camasmie pinturas com os seus rostos. Além do presente, o petista e o capitão reformado receberam o seu voto. “Na Dilma, não lembro [se votei]”, conta o artista, que está em contato com parlamentares próximos ao atual presidente para entregar a homenagem. “[A entrega] não foi feita porque a internação [de Bolsonaro] acabou se prolongando.”
“Foi prazeroso [fazer] o retrato. Todos eles”, diz Camasmie. “É a minha opinião exposta na forma de pintura. Não saberia dizer em palavras."
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