Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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'Estão falando muito de mim', diz Fabio Assunção sobre aparição em Carnaval de SP

Presença do ator foi esperada em camarotes do sambódromo de São Paulo

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A atriz Viviane Araújo
A atriz Viviane Araújo - Marcus Leoni/Folhapress

O ator Fabio Assunção era uma das presenças mais esperadas na primeira noite dos desfiles das escolas de samba de SP, na sexta (1º). Era só o que se comentava nos camarotes —mas ele não apareceu. “Estão falando muito de mim... Sigamos em frente e em paz”, disse o ator à coluna, via WhatsApp, durante a noite. 

 

Assunção afirmou que havia viajado do Rio para São Paulo na própria sexta (1º). “Saí do teatro [ele está em cartaz com “Dogville” na capital paulista] e vim descansar. Aproveite!!!”

 

Máscaras com o rosto do ator foram vendidas como fantasia de Carnaval no Brasil inteiro. Uma campanha foi criada para que as pessoas não comprassem o adereço, com o slogan “dependência química não é engraçado”.

 

“Não acho bom fazer piada com uma pessoa que ficou bêbada”, dizia no camarote Bamba a atriz Luciana Vendramini sobre o compartilhamento na internet de vídeos de Assunção.

 

Já o cantor Arlindo Cruz apareceu de surpresa. O enredo da escola X-9 Paulistana era em homenagem ao sambista, que sofreu um AVC em 2017 e ficou mais de um ano internado.

 

Cruz, que ainda está debilitado, estava com a mulher, Babi, e com a filha Flora, a neta Maria Helena, a nora Ayeska, e a irmã Arli.

 

Ele veio de helicóptero do aeroporto Santos Dumont, no Rio, até Carapicuíba, em SP, de onde partiu para o sambódromo.

 

Antes de começar o desfile, a família se reuniu em volta da cadeira de rodas de Arlindo e fez uma oração. Ao final, cantaram “a vida vai melhorar”, trecho da música “Canta Canta, Minha Gente”.

 

A atriz Viviane Araújo foi rainha de bateria da Mancha Verde. Cercada por seguranças e assessores, posou para dezenas de selfies na concentração. 

 

Uma mulher se aproximou e deu um beijo na boca de Viviane. “Porra! Ela veio tirar uma foto comigo e me agarrou. Borrou tudo”, reclamava a atriz, esfregando o borrão cor de vinho que ultrapassou o desenho dos lábios. 

 

“Ninguém tem um papel pra arrumar isso aqui?”, indagava. Alguém aparece e entrega uma toalha de rosto. Momentos depois, uma alça de seu biquíni se rompe. É costurada a tempo de ela entrar na avenida.

 

Com mais de 20 anos desfilando, ela diz que já enfrentou vários percalços na avenida. “No final, dá tudo certo”, afirmou, antes de cair no samba.


 

O cantor Zeca Pagodinho
O cantor Zeca Pagodinho - Marcus Leoni/Folhapress

'Quero ser centaravô!', diz Zeca Pagodinho

Zeca Pagodinho foi uma das atrações do Camarote Bar Brahma, no Anhembi, na sexta (1º). Tomando uma taça de vinho tinto, ele, que em fevereiro completou 60 anos, recebeu a coluna no camarim no intervalo entre as duas entradas que ele fez no palco.

“Vocês têm cinco minutos, ok?”, disse a assessora do cantor. Bem humorado, Zeca adiantou que após o Carnaval começa a gravar um novo disco —o 25º de sua carreira.

 

Como está o seu primeiro Carnaval como sessentão?
Tô aqui. Acho que está igual. E tomara que continue sendo. 

Como foi a festa [de aniversário]?
Estou comemorando ainda! Vou parar só com 61. Aí já embola com o outro [risos].

É sempre a mesma energia?
Sim. Esse povo me dá tudo. Todo mundo acha que eu dou alegria, mas eles também me dão alegria. 

Vai viver mais 60?
Ou cem. Mais! Quero ser tataravô. O que vem depois? Bistataravô! Centaravô! Contaravô. Sei lá [risos]. Enquanto Deus permitir, eu estou aqui. Eu me sinto com 30. Pela qualidade de vida que eu levo hoje... Esse mundo novo pra mim está sendo muito bom. 

O mundo está melhor ou pior? E o Brasil? Vai melhorar. Se Deus quiser. E Deus quer. 

Como você está vendo o país?  Eu não vejo. A minha parte é musical. Espero que o Brasil melhore. Que as crianças ocupem as escolas. Que as crianças saiam do sinal. Isso aí que eu quero. 

Faltam 15 segundos para completar os cinco minutos. Quer dizer algo mais? Bom Carnaval para todos. Em paz! Vai com Deus! [risos].

“Foi a entrevista mais longa da vida dele”, concluiu a assessora. 


Covas desfila sem Doria no Carnaval

“O pessoal foi receptivo enquanto você estava na pista? Porque quando o prefeito tá lá no meio é fogo”, disse um amigo ao prefeito Bruno Covas (PSDB-SP), referindo-se a vaias que antecessores dele receberam no Sambódromo do Anhembi. 

 

Ele chegou ao camarote da prefeitura por volta das 22h30 e foi rapidamente conduzido para a avenida para inaugurar o Carnaval de São Paulo, na sexta (1º). No caminho, acenava para os que gritavam “Bruninho! Bruninho!”, sorria para os que vaiavam e posava para selfies.

 

“Votei em você porque acredito em você”, dizia uma mulher enquanto o abraçava. “Eu nem votei nele, mas deixa ele achar que votei”, disse ela a uma amiga assim que o ex-vice de João Doria se despediu.

 

“Meu filho de 8 anos é fã do prefeito, nem sei por quê”, dizia uma mulher que tentava se aproximar. “Ele me pediu pra trazer um desenho que fez da cidade, mas pensei que nem fosse conseguir chegar perto do Bruno”, afirmava. 

 

O camarote estava com vários espaços livres e o prefeito conseguiu atender tranquilamente a todos os que quiseram fazer selfie com ele.

 

“Está menos cheio hoje, mas amanhã vai lotar. Tem [desfile das escolas de samba] Vai-Vai e Gaviões”, tentava contemporizar o vereador Milton Leite (DEM-SP). 

 

Covas também relativizava o vazio. “O Carnaval de rua de São Paulo cresceu muito e muito rápido”, dizia.

 

O filho de Covas, Tomás, foi viajar com amigos. “Com 12 anos eu também não vinha aqui [Anhembi]”, disse o prefeito.

 

A ausência de Doria na primeira noite ressaltava o camarote um tanto esvaziado. “Ele vem amanhã”, dizia o prefeito. “Ele vai apoiar a reeleição do Bruno, pode apostar”, afirmava Leite. 

 

No camarote do Bar Brahma, o cabeleireiro Celso Kamura, que cuida das madeixas de Dilma Rousseff, se dizia impedido de falar sobre a atual primeira-dama, Michele Bolsonaro. Motivo: “Ela faz o cabelo no meu salão lá no Rio”. Na sequência, ele elogia. “Acho ela linda. Não mudaria nada.”

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e VICTORIA AZEVEDO

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