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Procuradora arquiva pedido de suspeição de Gilmar Mendes no caso Paulo Preto

Integrantes da Lava Jato diziam que ele tinha amizade íntima com senador tucano que também está envolvido em escândalo de corrupção

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O ministro Gilmar Mendes
O ministro Gilmar Mendes - Pedro Ladeira/Folhapress

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, determinou o arquivamento da representação feita por integrantes da Operação Lava Jato que pediam a suspeição do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), no caso que envolve o ex-senador Aloysio Nunes Ferreira e o executivo Paulo Souza, conhecido como Paulo Preto.


Para sustentar o pedido, eles apresentaram extratos de ligações e de conversas que mostravam que o ex-senador conversou com Gilmar Mendes dias antes de ele, por liminar, suspender uma ação penal contra Ferreira e Paulo Preto.


Dodge informa que, depois dessa decisão, Mendes recebeu novas informações da própria PGR (Procuradoria-Geral da República) e da juíza titular da 5a Vara Federal Civil de SP e voltou atrás, suspendendo a liminar.


A decisão foi desfavorável a Nunes Ferreira e a Paulo Preto.


"A ação teve seu curso regular retomado", diz Dodge, afirmando ainda que houve em seguida "prolação de sentença um dia antes de o paciente [Paulo Preto] completar 70 anos", o que poderia levar à prescrição de alguns de seus crimes.


A procuradora-geral diz ainda que as informações trazidas aos autos pelos próprios procuradores da Lava-Jato mostravam que Gilmar Mendes não tem amizade íntima com Aloysio Nunes Ferreira.


Os documentos apresentados pela Lava-Jato mostram que Nunes teve que pedir o telefone do ministro "a terceiros", o que, segundo Dodge, "evidencia que, concretamente, não há prova de amizade íntima entre Aloysio Nunes e o ministro Gilmar Mendes".


As conversas transcritas pelos procuradores reforçariam a prova de que os dois não eram amigos. Nelas, Aloysio Nunes diz que o magistrado foi "vago e cauteloso" no diálogo que mantiveram.

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