O presidente afastado da Ancine (Agência Nacional do Cinema) Christian de Castro Rodrigues renunciou ao cargo nesta quarta (13).
O pedido foi feito em uma carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio --a Secretaria da Cultura foi transferida para aquela pasta.
Castro e outros servidores da agência foram afastados de seus cargos no fim de agosto por determinação da Justiça. A decisão se baseou em denúncia do Ministério Público Federal que os acusa de prática de calúnia, difamação, prevaricação e associação criminosa para favorecer a candidatura dele à presidência da instituição. Eles negam irregularidades.
"Infelizmente, fui vencido pela reação daqueles a quem a transparência não interessa", afirma Castro na carta de renúncia. "Após todos os indícios de irregularidades em gestões passadas, o Ministério Público Federal para estas não atentou, passando a me acusar infundadamente, chegando inclusive a pleitear o meu afastamento do cargo, de forma reiterada, o que não se justifica".
"A fim de me dedicar à minha defesa, decido, juntamente com a minha família, por renunciar ao honroso cargo de diretor-presidente da Ancine, até mesmo para não prejudicar as atividades da agência. Assim como nunca entrei em disputa para qualquer cargo público, também não pretendo, agora, participar de brigas políticas que não favorecem o setor audiovisual", segue o texto.
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TF2) havia marcado para o dia 3 de dezembro o julgamento do mandado de segurança impetrado por Castro pedindo que a decisão do seu afastamento fosse anulada.
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