Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Panorama

Paulo Guedes é remédio para depressão, diz Osmar Terra

Em jantar que homenageou ministro da Cidadania, Guedes foi o centro das atenções

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“O Paulo Guedes é o meu antidepressivo”, diz o ministro da Cidadania, Osmar Terra, em discurso que já se alonga por 20 minutos e quase não prende a atenção dos 25 empresários presentes a um jantar oferecido a ele na segunda (2). Alguns cochicham, outros consultam o celular. “Quando [o clima] está meio triste, desanimado, o Paulo começa a falar nas reuniões de ministros e fica todo mundo animado. Nesses dias, eu não tomo antidepressivo.”

À direita de Osmar Terra, o médico Raul Cutait franze a testa ao ver o garçom lhe servindo água com gás (ele queria natural).

À esquerda, Filipe Sabará, pré-candidato do partido Novo à Prefeitura de São Paulo, se apressa em fazer vídeos para sua conta no Instagram, contorcendo-se na cadeira para enquadrar o ministro de Estado na tela do celular.

“A hora em que legalizar o plantio de maconha, acabou. Legalizou tudo”, afirma o ministro ao maldizer a Cannabis medicinal, que teve venda autorizada e cultivo negado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) um dia depois —na terça, (3). O jantar começa a ser servido e a reportagem é convidada a ir para uma antessala. A porta permanece entreaberta. Por ela, se esgueiram garçons com os pratos.

“Pelo amor de Deus, eu não sou nenhum mestre em comunicação, mas o ministro [Guedes] é muito sanguíneo. A gente tem que ser ‘hard’ no conteúdo, mas ‘soft’ no jeito de se comunicar”, diz o empresário Marco Stefanini.

“Eu estava na ‘coletiva AI-5’”, lembra a diretora do Grupo Voto, Karim Miskulin, organizadora do jantar. “Ele estava animado, mas chegou a primeira pergunta do repórter e tirou ele do sério.”

“Tem que usar a ‘técnica sonrisal’: bota um sorriso na boca e uma água do lado”, sugere um dos presentes referindo-se à convivência de Guedes com a imprensa.

“Você [Terra] fala da comunicação pela internet do presidente [Jair Bolsonaro], dos tuítes. Se fosse ele que mandasse, eu ficaria feliz. Mas o pit bull [Carlos Bolsonaro] manda sozinho uns 50 por dia”, diz um interlocutor. “E não dá pra brigar com o Leonardo Di Caprio, né?”, afirma outro.

“A Anvisa propõe disseminar o consumo de maconha e a legalização de drogas”, diz o ministro à coluna na saída do jantar. “Pode dizer que o presidente [William Dib] está em sintonia com o lobby das indústrias canadenses, que não estão preocupadas com a saúde no Brasil ou com nenhuma criança com crise epiléptica .”

 

Leia a coluna completa aqui.

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