A Secretaria de Saúde do estado de São Paulo anunciará nesta terça-feira (17) a investigação de quatro mortes sob suspeita do novo coronavírus.
Rumores sobre esses supostos óbitos circularam na segunda-feira (16), mas ainda não foram confirmados.
O estado de São Paulo registrou nesta terça (17) a primeira morte do novo coronavírus no Brasil. A vítima era um homem de 62 anos. A informação é da secretaria de Saúde de São Paulo.
O prefeito Bruno Covas, de São Paulo, decretou situação de emergência na cidade para enfrentar a crise provocada pelo coronavírus. A medida foi publicada no Diário Oficial desta terça.
Até esta terça, o Brasil contabilizou mais de 200 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Em todo o mundo, já são mais de 185 mil infectados e 7330 mortes.
No dia 12 de março, foi confirmado em São Paulo o primeiro caso de transmissão sustentada do país. A transmissão sustentada significa que o contágio pode ocorrer mesmo entre pessoas que não viajaram e não tiveram contato com pessoas que viajaram.
Com a mudança na forma de transmissão, o diagnóstico da doença passa a ser realizado por exame clínico e de imagem. Os testes laboratoriais ficam restritos aos casos de internação graves, pesquisa e os atendidos na rede sentinela dos municípios do estado de São Paulo. Para tanto, o governo adquiriu 20 mil desses kits.
Assim como nos casos de gripe e da Sars (síndrome respiratória aguda grave, também causada por um coronavírus), o novo coronavírus costuma vitimar pessoas que tenham moléstias como diabetes (quem tem a doença tem 8,1 vezes o risco de morrer em relação a uma pessoa sem problemas crônicos de saúde), hipertensão (6,7), doenças cardiovasculares (11,7) e doenças respiratórias crônicas (7,0).
A letalidade estimada para o novo coronavírus é de cerca de 3,4%.
Os autores pertencentes ao Grupo Chinês de Especialistas Médicos para o Tratamento da covid-19, obtiveram dados de pacientes atendidos ou internados em 522 hospitais distribuídos por 30 províncias chinesas, durante o mês de janeiro de 2020.
A idade média dos pacientes foi 47 anos, sendo 41,9% do sexo feminino. Os sintomas mais comuns foram febre (44% na admissão e 89% durante a hospitalização) e tosse (68%). Diarreia foi uma manifestação incomum, ocorrendo em apenas 3,8% dos pacientes. A manifestação laboratorial mais comum foi a redução do número de linfócitos (um dos tipos de glóbulos brancos) no sangue.
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