Hospitais públicos já enfrentam dificuldades para contratar profissionais de saúde para trabalhar em UTIs destinadas a pacientes com Covid-19. Faltam médicos, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem para a missão.
VAGA
A SPMD (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), organização social ligada à Unifesp (Universidade Federal de SP) que administra 16 hospitais em SP e gerencia 1.500 leitos de UTI no país, afirma que abriu 3.000 vagas para formar equipes. Do total, 600 ainda não foram preenchidas.
VAGA 2
“Houve forte ampliação de leitos no país e agora há problemas para encontrar profissionais”, diz o médico Nacime Salomão Mansur, superintendente da SPMD e vice-presidente do Instituto de Organizações Sociais de Saúde (Ibros).
MISSÃO ESPECIAL
Segundo ele, já está cada vez mais difícil contratar médicos intensivistas, “que têm formação robusta para trabalhar com pacientes complexos como os de Covid-19 em uma UTI”.
ESPECIAL 2
Transferir doutores de outros setores para as UTIs, por isso mesmo, não é algo trivial. "Não é qualquer médico que pode assumir a missão", diz o superintendente da SPDM.
ESPECIAL 3
Diante do quadro, médicos de áreas em que o atendimento caiu, como as ambulatoriais, começaram a ser treinados, de forma emergencial, para trabalhar em UTIs, diz o secretário municipal de Saúde de SP, Edson Aparecido.
ESPECIAL 4
A situação se repete em outras regiões. "É um gargalo nacional", diz o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA). "Daí nossa proposta ao ministro da Saúde: trazer estrangeiros e abrir o Revalida [exame para médicos trabalharem no Brasil] especial para brasileiros formados no exterior", diz ele.
NO COMEÇO
Há dificuldade ainda para contratar técnicos de enfermagem. “Estamos fazendo processos seletivos, mas só 20% dos inscritos têm sido aprovados”, diz Nacime.
NO FIM
Por fim, faltam fisioterapeutas respiratórios para integrar equipes de UTIs.
QUASE LÁ
“Não quero dizer que há um colapso, mas estamos próximos do limite”, diz o superintendente da SPMD.
QUASE LÁ 2
Já a questão de equipamentos como respiradores e insumos “começa a se normalizar”, diz Nacime. Uma máscara cirúrgica que custava 10 centavos chegou a ser vendida a R$ 5. E agora já pode ser comprada por R$ 1,16.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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