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Comissão Arns alerta para ação planejada de confronto institucional

Grupo de direitos humanos manifestou 'extrema preocupação' com as manifestações feitas por agentes públicos que atingem o STF e seus ministros

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A Comissão Arns, de direitos humanos, manifestou sua "extrema preocupação" com "manifestações desestabilizadoras" feitas por agentes públicos e que atingem o Supremo Tribunal Federal (STF) e os seus ministros.

Alvo da operação da Polícia Federal contra fake news, deputados aliados ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) reagiram na quarta-feira (27) e classificaram como ilegais as investigações.

Estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília
Estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília - Alan Marques/Folhapress

Em nota, a comissão também afirma que parece "evidente" que haverá uma "ação planejada para a instauração de um confronto institucional". "Órgãos do poder Executivo e entidades a ele ligadas irão tecer críticas e adotar posicionamentos de desrespeito e de desobediência, para minimizar a importância do Judiciário, lançar a sociedade contra si e criar um clima de antagonismo institucional", diz o texto.

O grupo também ressalta que o pronunciamento do procurador-geral da República, Augusto Aras, "denota o início de uma nova fase de combate às instituições do poder Judiciário".

Na tarde de quarta (27), Aras pediu ao ministro do STF Edson Fachin que suspenda o inquérito das fake news, por meio do qual políticos, empresários e ativistas bolsonaristas foram alvo de mandados de busca e apreensão. "Trata-se de uma inusitada e inadequada contestação a uma decisão da corte, que foi proferida rigorosamente de acordo com o ordenamento jurídico vigente", diz em nota a comissão.

"Em face dessa situação, a Comissão Arns declara o seu apoio e a sua solidariedade ao Supremo Tribunal Federal e ao poder Judiciário em geral, em razão de sua imprescindibilidade como responsável pela aplicação da lei, para elidir conflitos de interesses, com o fim de manter a ordem e a paz sociais de acordo, com a Constituição e com as leis pátrias", segue o texto. ​

Leia a íntegra da nota da Comissão Arns:

"A Comissão Arns de Direito Humanos vem manifestar a sua extrema preocupação com as manifestações desestabilizadoras feitas por agentes públicos, que atingem o Supremo Tribunal Federal e os seus ministros.

Agora, um recente pronunciamento do senhor procurador-geral da República denota o início de uma nova fase de combate às instituições do poder Judiciário.

Trata-se de uma inusitada e inadequada contestação a uma decisão da corte, que foi proferida rigorosamente de acordo com o ordenamento jurídico vigente.

Parece evidente que haverá uma ação planejada para a instauração de um confronto institucional. Órgãos do poder Executivo e entidades a ele ligadas irão tecer críticas e adotar posicionamentos de desrespeito e de desobediência, para minimizar a importância do Judiciário, lançar a sociedade contra si e criar um clima de antagonismo institucional.

Em face dessa situação, a Comissão Arns declara o seu apoio e a sua solidariedade ao Supremo Tribunal Federal e ao poder Judiciário em geral, em razão de sua imprescindibilidade como responsável pela aplicação da lei, para elidir conflitos de interesses, com o fim de manter a ordem e a paz sociais de acordo, com a Constituição e com as leis pátrias."

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