O julgamento do pedido de federalização das investigações da morte de Marielle Franco já divide os ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que participarão da sessão, no dia 27.
CALENDÁRIO
Uma parte dos magistrados defende que o julgamento seja suspenso: eles acham que um caso de tal magnitude teria que ser debatido de forma presencial, e não por teleconferência.
PARA DEPOIS
Não está descartado, portanto, um pedido de vista depois que a ministra Laurita Vaz, relatora do caso, proferir seu voto.
SOB SUSPEITA
Magistrados que participarão do julgamento dizem que as informações de que Jair Bolsonaro quer interferir na Polícia Federal e que um delegado da instituição vazou informações para a família dele em 2018 vão interferir no julgamento.
SUSPEITA 2
As evidências de que a família quer controlar a PF do Rio colocariam em xeque a isenção do órgão para comandar a investigação de caso tão sensível, caso ele seja federalizado.
QUANDO SERÁ
Do lado de Marielle há divisão também —não sobre o mérito do caso, já que todos os familiares e apoiadores são contrários à federalização. Mas sim em relação ao momento em que ele deveria ser julgado.
QUANDO SERÁ 2
O Instituto Marielle e a Coalizão Negra por Direitos defendem que o STJ adie a análise do caso. Já a Defensoria Pública, que representa formalmente a mãe e a filha da ex-vereadora, acredita que ele está maduro e que este é o momento certo para ser julgado. E está pronta para sustentar seus pontos de vista no tribunal.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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