O subprocurador Lucas Furtado, que atua junto ao TCU (Tribunal de Contas da União), apresentou representação pedindo que o órgão investigue e tome medidas contra a interferência indevida da família do presidente Jair Bolsonaro e do chefe da Secom, Fabio Wajngarten, na publicidade do Banco do Brasil (BB).
CARLOS LÁ
O BB anunciou, na semana passada, que estava vetando anúncios no site Jornal da Cidade Online, já condenado pela publicação de fake news. Carlos Bolsonaro, filho do presidente, reclamou —a página é alinhada ao governo. Wajngarten disse, nas redes sociais, que estava “contornando” a situação. E os anúncios voltaram.
COMO ESTÁ
Furtado pede que o TCU intervenha para que o banco “abstenha-se de retroceder” dos vetos de anúncios no Jornal da Cidade Online, “bem como em qualquer outro que seja notoriamente divulgador de fake news”. E sugere multa e até o afastamento de Wajngarten do cargo.
EU QUE QUIS
O BB afirma que tanto a suspensão da veiculação do anúncio quanto a sua retomada foram decisões internas do banco, que não sofreram ingerência externa. E que, por isso, não contraria nenhuma norma do TCU.
IDEAL
Wajngarten disse em seu Twitter que “os jornais independentes são muito importantes e devem ser valorizados no exercício da liberdade de expressão”. Afirmou ainda que as denúncias contra o Jornal da Cidade Online têm “viés ideológico”.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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