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Bolsonaro estuda nomear interino para o MEC e mandar Weintraub para banco no exterior

Solução daria tempo ao presidente para buscar um nome que agrade a várias correntes políticas

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O presidente Jair Bolsonaro pode indicar um ministro interino para o MEC (Ministério da Educação) e acelerar a demissão de Abraham Weintraub da pasta.

A solução seria a mesma dada para o Ministério da Saúde, liderado pelo general Eduardo Pazuello. Ele era secretário-executivo, assumiu interinamente o cargo e segue no comando da área até hoje.

Com isso, Bolsonaro ganharia tempo para escolher um nome definitivo para a Educação, e ao mesmo tempo solucionaria, como ele mesmo já disse, o "problema" Weintraub.

O atual ministro pode ser deslocado para uma representação do país no exterior.

Uma das hipóteses analisadas é enviá-lo para uma instituição financeira na qual o Brasil tem representantes.

Segundo um interlocutor do presidente, ele pode ir para um cargo no Banco Mundial, ou outro equivalente. Weintraub é economista.

O ministro Paulo Guedes participa da discussão para resolver o "problema".​ Há trâmites no exterior que podem retardar a solução, ou mesmo inviabilizá-la. Mas o governo deve fazer a tentativa.

Uma outra possibilidade é Weintraub ir para uma representação diplomática ou até mesmo voltar a São Paulo e se candidatar a prefeito ou a vereador. O Aliança, partido do presidente, no entanto, não conseguiu assinaturas para participar do pleito.

Com a demissão do ministro, um dos atuais secretários da Educação, que estão abaixo dele, assumiria, caso Bolsonaro não consiga encontrar um nome de peso para indicar ao cargo, como ocorreu no Ministério da Saúde.

Dependendo do desempenho, o escolhido poderia ficar inclusive por um bom tempo no cargo, como ocorre com Pazuello.

A demissão de Weintraub já vinha sendo dada como certa desde maio, quando foi divulgada a reunião ministerial de Bolsonaro em que ele chamava os ministros do STF de bandidos.

No fim de semana, dobrando a aposta, ele foi a uma manifestação de bolsonaristas em Brasília e disse que já havia manifestado a opinião do que fazer com os "bandidos".

A permanência de Weintraub no governo é considerada insustentável por magistrados do STF, por parlamentares do centrão, que apoia o presidente, e até mesmo por ministros da própria equipe de Bolsonaro.

O único apoio que ele segue tendo, até agora, é o dos filhos do presidente da República.

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