O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), jogou a toalha e já comunicou a pessoas próximas que não fará mais oposição frontal ao presidente Jair Bolsonaro.
TOALHA NO CHÃO
Ele já teria inclusive enviado sinais a Bolsonaro de que pretende erguer a bandeira branca.
GUINADA
O ponto de virada de Witzel foi a operação de busca e apreensão da Polícia Federal feita na residência oficial, onde ele vive. Ela foi autorizada pela Justiça.
MOTIVO
A mulher de Witzel, Helena, é personagem central das investigações. O escritório de advocacia dela mantinha contrato de R$ 540 mil com empresa investigada por desvios de recursos em contratos com o governo do Rio.
MOTIVO 2
Witzel passou a temer pelo pior —inclusive pela prisão dele ou da mulher.
DATA
A operação ocorreu no dia 26 de maio, um mês depois de Sergio Moro ter acusado Bolsonaro de tentativa de interferência política na PF.
DE VOLTA
Do dia da operação para cá, Witzel nunca mais criticou Bolsonaro no Twitter. Na sexta (5), ele fez uma referência negativa ao presidente em uma entrevista —mas respondendo à insinuação feita por Bolsonaro de que “brevemente” poderá ser preso.
TIROTEIO
O governador do Rio atacava o presidente semanalmente. Em maio, foram pelo menos 14 postagens falando mal diretamente dele. Uma outra atacava o filho dele, Flávio Bolsonaro. E 11 falavam de “bolsonaristas” ou o criticavam indiretamente.
PASSADO
“Presidente Bolsonaro, ninguém vai conseguir fazer um trabalho sério com sua interferência nos ministérios e na Polícia Federal”, escreveu Witzel no Twitter no dia 15. “Bolsonaro caminha para o precipício e quer levar com eles todos nós”, registrou no dia 12.
PRESENTE
Depois da operação da PF, ele só posta mensagens sobre a Covid-19 e imagens de visitas a hospitais.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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