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PSOL quer que ministro da Defesa explique pagamento de brigadeiro nos EUA

Bancada do partido na Câmara protocolou requerimento de convocação do ministro

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A bancada do PSOL na Câmara quer que o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, seja convocado para prestar esclarecimentos sobre a atuação do brigadeiro do ar David Almeida Alcoforado no Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva - Pedro Ladeira-23.jun.2020/Folhapress

Os parlamentares protocolaram um requerimento de convocação do ministro da defesa na sexta (17), após matéria da Folha publicar vídeo em que o chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, almirante Craig Faller, apresenta o trabalho de Alcoforado ao presidente Donald Trump dizendo que "os brasileiros estão pagando para ele vir para cá trabalhar para mim".

No Comando Sul, Alcoforado é vice-diretor do J5, departamento que cuida de estratégia, diretriz política e planos. O salário, como lembrou Faller, pago pelo contribuinte brasileiro, ganhou um bom incremento após sua ida aos EUA.

No Brasil, ele ganhava R$ 29.101,70 brutos. Agora, seus proventos foram dolarizados: recebeu em abril US$ 9.535,46 (R$ 50,9 mil no câmbio de quinta, 16). Além disso, naquele mês recebeu R$ 10.314,64 em verbas indenizatórias. Os dados são do Portal da Transparência.

O vídeo com o momento está circulando furiosamente entre militares e diplomatas como uma suposta prova de como os EUA tratam seus aliados —particularmente o governo de Jair Bolsonaro, que prega o alinhamento automático e que tem em Trump um ídolo político.

"A afirmação de Feller, no entanto, aponta que a noção esdrúxula de uma dupla cadeia de comando sem violação do interesse nacional sequer é compartilhada pelos EUA", diz o documento protocolado pelo PSOL.

​"Cabe agora ao Ministro Fernando Azevedo e Silva explicar se o brigadeiro do ar Alcoforado trabalha para os EUA ou para o Brasil. Deve também esclarecer quais os objetivos desta presença do Comando Sul dos EUA, se ela permanecerá depois da afrontosa declaração de Feller, e de se é compatível com o que dispõe nossa Constituição sobre as Forças Armadas e nossa soberania", segue o texto.

Bolsonaro cumprimenta o almirante Faller, do Comando Sul, durante visita em março - Marco Bello - 8.mar.2020/Reuters

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