Mônica Bergamo

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PT entrará com ações contra a força-tarefa da Lava Jato

Partido acusa procuradores de promoverem 'persecução penal direcionada e criminosa'

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O PT formalizará três pedidos de investigação contra os procuradores da Lava Jato em Curitiba. Segundo o partido, a força-tarefa "atuou de modo absolutamente ilegal, desrespeitando a autoridade central do Ministério da Justiça, para promover uma persecução penal direcionada e criminosa".

Entra as ações previstas, estão uma notícia-crime encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR) por prevaricação, abuso de autoridade e condescendência criminosa, uma ação civil pública em primeira instância e uma representação solicitando instauração de processo ético e disciplinar junto ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

Procuradores da força-tarefa da Lava Jato reunidos, com Roberson Pozzobon e Deltan Dallagnol à frente
Procuradores da força-tarefa da Lava Jato reunidos, com Roberson Pozzobon e Deltan Dallagnol à frente - Reprodução Facebook Roberson Pozzobon

O movimento do Partido dos Trabalhadores ocorre na esteira de trocas de acusações entre o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), que chefia o Ministério Público Federal no país, e a equipe de procuradores da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba nos últimos dias.

A PGR cita, por exemplo, "a existência de equipamentos utilizados para gravação de chamadas telefônicas recebidas por integrantes da equipe da força-tarefa, incluindo membros e servidores”, que será alvo de sindicância.

A equipe de Curitiba diz que todas as interceptações telefônicas realizadas na operação foram autorizadas por decisão judicial e “efetivadas exclusivamente pela Polícia Federal”.

Para além do conflito entre os órgãos, uma reportagem produzida pelo jornal The Intercept Brasil em parceria com a Agência Pública indica agentes do FBI teriam atuado em investigações realizadas no território nacional pela Lava Jato.

O suposto intercâmbio entre os procuradores e os agentes americanos será citado pelo PT em suas ações.

"Ao compartilhar inúmeras informações de modo extraoficial com agentes americanos do FBI, a força-tarefa desrespeita a soberania nacional e utiliza, de forma ilegal, dados sigilosos de empresas brasileiras", diz o partido em nota.

O conflito começou com a ida à Curitiba da subprocuradora-geral da República, Lindora Araújo, chefe da Lava Jato na PGR e uma das auxiliares mais próximas do procurador-geral Augusto Aras.

A força-tarefa afirma que ela tentou copiar de maneira informal bancos de dados sigilosos das investigações, sem apresentar documentos ou justificativa. Os procuradores, então, acionaram a Corregedoria do Ministério Público Federal.

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