O HC (Hospital das Clínicas) de São Paulo reservou um ambulatório só para cuidar de casos suspeitos de reinfecção por Covid-19.
QUASE NADA
O número de pessoas que até agora procurou a instituição com novos sintomas da doença, já tendo sido infectadas no passado, é muito baixo: quatro pacientes estão em contato com os médicos. O hospital já tratou de mais de 3,6 mil pessoas.
FICHA
A coluna revelou, em julho, que pacientes nessas condições haviam procurado o hospital.
PODE SER
A infectologista Anna Sara Levin, professora titular e presidente da Comissão de Infecção Hospitalar do HC, segue afirmando que há três hipóteses para serem estudadas. Uma delas é a de que pacientes não desenvolveram imunidade para o novo coronavírus, e voltaram a se infectar.
PODE SER 2
O número baixo de casos, no entanto, torna a possibilidade menos provável.
DE VOLTA
A outra é a de que o novo coronavírus funcione, em alguns casos, como o vírus da herpes, que permanece no corpo da pessoa e é reativado quando a imunidade cai. Como o novo coronavírus não é um herpesvírus, essa hipótese também é considerada pouco provável.
OUTRA COISA
Uma terceira suspeita é a de que os pacientes voltaram a ter uma nova doença, semelhante à Covid-19, mas causada por um outro vírus. Coincidentemente, porém, eles ainda mantêm fragmentos do novo coronavírus em suas vias respiratórias.
COISA COMUM
As pessoas estariam, portanto, imunes ao novo coronavírus, mas o resultado para ele seguiria dando positivo nos exames. Casos assim, com outros vírus, são comuns em pediatria, diz a infectologista
SUSTO
Os pacientes estão se submetendo a vários exames para que as várias hipóteses sejam testadas. O ambulatório serve, segundo a médica, para também dar tranquilidade aos pacientes, que voltam ao hospital muito assustados.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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