Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Juristas pedem que Sara Winter volte a ser presa após ela divulgar dados de menina estuprada

Ação pede que seja revogada a concessão de prisão domiciliar dada à ativista

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Juristas pedem ao STF (Supremo Tribunal Federal) que revogue a concessão de prisão domiciliar à ativista bolsonarista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, e que ela volte a ser detida.

A ação, enviada à Procuradoria da República no Distrito Federal, baseia-se na recente divulgação feita por Sara de dados pessoais da menina de dez anos que engravidou após ser estuprada no Espírito Santo.

"Ao publicizar, em sua rede social Twitter, o endereço do hospital onde se encontrava a criança vítima de violência sexual a representada reiterou seu descompromisso com o respeito à Constituição Federal, que tem na dignidade da pessoa humana, um dos princípios fundantes da República Federativa do Brasil", afirma o documento.

O pedido é assinado pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, a União de Mulheres do Município de São Paulo, a Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos do TJ-SP, o Instituto Vladimir Herzog e o Conselho Regional de Psicologia de SP.

"Gravíssimo o fato gerador das situações que desvelam a bestialidade humana, o requinte de crueldade impingida à criança e familiares veio noutra ação criminosa, dolosa, de parte da representada, que acionando seus seguidores em redes sociais que utiliza para veiculação de crimes de ódio, em frontal ofensa a toda a ordem jurídica protetiva da criança e do adolescente, com ilegal exposição do nome da criança e mesmo da unidade hospitalar onde se daria o atendimento médico, promovendo manifestações na capital pernambucana, com hostilização da família", afirma ação.

"Com o poder de disseminar informações para um grande volume de pessoas vem também a responsabilidade decorrente de eventuais excessos e distorções", segue o texto.

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AM) também protocolou, no Supremo Tribunal Federal (STF), uma ação pedindo que Sara volte a ser presa. "É muito perigoso que ela fique solta", afirma a parlamentar.

Sara está entre os líderes do grupo 300 do Brasil, um dos responsáveis pelas manifestações de apoio ao presidente Jair Bolsonaro em Brasília e de ataques a integrantes do Congresso e do Supremo.

Ela foi presa no dia 15 de junho. Recebeu duas ordens de prisão temporária, de cinco dias cada, determinadas por Alexandre de Moraes. Sara estava no presídio feminino da Colmeia, em cidade satélite de Brasília. No dia 24 daquele mês, Moraes, decidiu liberá-la para a prisão domiciliar com o uso de tornezeleira eletrônica.

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